A entrevista do presidente Lula no programa Roda Viva, exibida ontem à noite na TV, foi decidida no tapetão. Ao escolher o local da entrevista – a sala de audiência do palácio do Planalto, o presidente decidiu o jogo a seu favor.
O cenário original do programa Roda Viva é opressivo para o entrevistado. Este fica colocado no centro de uma espécie de Coliseu, só que mais estreito, onde é jogado literalmente às feras – os jornalistas, que o olham de cima para baixo o tempo todo, e podem lançar perguntas de todos os lados, muitas vezes pelas costas.
Quando escolheu o cenário da entrevista, o presidente Lula praticamente definiu o resultado dela a seu favor. Ele ficou sentado numa cadeira acolchoada, com braços, tendo ao fundo as bandeiras, símbolos do país. Sob seus pés um imenso tapete delimitava seu espaço: o espaço presidencial.
Os entrevistadores foram colocados em cadeiras sem braços, dispostos em semicírculo, fora do tapete, como que mostrando espacialmente a diferença existente entre eles e aquela figura presidencial. O que o cenário e a disposição dos entrevistadores dizia o tempo todo a eles era: “cuidado com o que vão falar, meçam suas palavras, não sejam indelicados, nem impertinentes, estão falando com Sua Excelência, o presidente da República”.
E foi o que se viu. O constrangimento dos entrevistadores era visível. A entrevista por isso foi meia-boca.
Ponto para Lula, que ainda ficou de “repensar sua relação” com a imprensa, talvez concedendo mais entrevistas coletivas - uma reivindicação dos jornalistas.
Calma, pessoal, no ano que vem teremos eleições, e Lula vai estar correndo atrás da imprensa o tempo todo.
O cenário original do programa Roda Viva é opressivo para o entrevistado. Este fica colocado no centro de uma espécie de Coliseu, só que mais estreito, onde é jogado literalmente às feras – os jornalistas, que o olham de cima para baixo o tempo todo, e podem lançar perguntas de todos os lados, muitas vezes pelas costas.
Quando escolheu o cenário da entrevista, o presidente Lula praticamente definiu o resultado dela a seu favor. Ele ficou sentado numa cadeira acolchoada, com braços, tendo ao fundo as bandeiras, símbolos do país. Sob seus pés um imenso tapete delimitava seu espaço: o espaço presidencial.
Os entrevistadores foram colocados em cadeiras sem braços, dispostos em semicírculo, fora do tapete, como que mostrando espacialmente a diferença existente entre eles e aquela figura presidencial. O que o cenário e a disposição dos entrevistadores dizia o tempo todo a eles era: “cuidado com o que vão falar, meçam suas palavras, não sejam indelicados, nem impertinentes, estão falando com Sua Excelência, o presidente da República”.
E foi o que se viu. O constrangimento dos entrevistadores era visível. A entrevista por isso foi meia-boca.
Ponto para Lula, que ainda ficou de “repensar sua relação” com a imprensa, talvez concedendo mais entrevistas coletivas - uma reivindicação dos jornalistas.
Calma, pessoal, no ano que vem teremos eleições, e Lula vai estar correndo atrás da imprensa o tempo todo.