Se a oposição quer chegar ao poder, tem que tentar derrotar Lula agora. Se esperar pelas eleições, o presidente pode fazer barba (o povão), cabelo (o mercado) e bigode (a classe média).
O povão não oferece problemas para Lula. Carismático e popular – até pela origem – o presidente ainda tem a seu lado o Bolsa Família, que vem recebendo elogios até do estrangeiro, e outros programas voltados para essa faixa. Todas as acusações por que passam PT e governo não são surpresa para eles, que acham (por experiência própria) que a política e os políticos são assim mesmo.
O mercado também não preocupa. É verdade que a chamada classe dominante não gosta muito dessa história de um sapo na festa do céu, mas Lula não os decepciona desde que assumiu. Alguns industriais reclamam aqui e ali, mas são reivindicações pontuais, que o presidente pode resolver numa canetada, se for preciso. E mesmo essas reclamações são da pessoa jurídica. A pessoa física deles brinda com champanhe o governo do presidente metalúrgico.
Resta a classe média, esse balaio de gatos. Grosso modo, ela pode ser dividida em dois grupos: os que nunca votaram nem votarão no PT, por diversos motivos. E um outro que, ou sempre foi petista, ou não gostava muito do PT mas votou em Lula apenas nas últimas eleições. O que os iguala é a decepção trazida pelas denúncias contra o PT e o governo.
Esse segundo grupo (petistas e os que votaram em Lula em 2002) pode repetir o voto ou não, dependendo do que aconteça daqui até as eleições. Já o outro comemora e solta fogos com o inferno astral do PT e de Lula.
Esse grupo antiPT e antiLula também pode ser divido em dois subgrupos: os que não concordavam com um certo comportamento aistórico do PT, que foi brilhantemente definido pelo ex-governador Leonel Brizola como a “UDN de macacão”. E um outro, raivoso, para quem a pregação de ética e moralidade do PT sempre foi como um tapa na cara, porque seus membros praticam a famosa lei de Gérson (“é preciso levar vantagem em tudo, certo?”). São os que compram drogas, mas criticam os traficantes. Os que subornam guardas, e criticam a polícia. Os que votam em Maluf, e dizem que todo político é ladrão. O representante desse grupo no Congresso é o senador Arthur Virgílio (PFL-AM).
Resta ao presidente continuar com dois pés (o mercado e o povão) bem firmes no chão para se equilibrar no fio da navalha ( a classe média) e conseguir a reeleição.
O povão não oferece problemas para Lula. Carismático e popular – até pela origem – o presidente ainda tem a seu lado o Bolsa Família, que vem recebendo elogios até do estrangeiro, e outros programas voltados para essa faixa. Todas as acusações por que passam PT e governo não são surpresa para eles, que acham (por experiência própria) que a política e os políticos são assim mesmo.
O mercado também não preocupa. É verdade que a chamada classe dominante não gosta muito dessa história de um sapo na festa do céu, mas Lula não os decepciona desde que assumiu. Alguns industriais reclamam aqui e ali, mas são reivindicações pontuais, que o presidente pode resolver numa canetada, se for preciso. E mesmo essas reclamações são da pessoa jurídica. A pessoa física deles brinda com champanhe o governo do presidente metalúrgico.
Resta a classe média, esse balaio de gatos. Grosso modo, ela pode ser dividida em dois grupos: os que nunca votaram nem votarão no PT, por diversos motivos. E um outro que, ou sempre foi petista, ou não gostava muito do PT mas votou em Lula apenas nas últimas eleições. O que os iguala é a decepção trazida pelas denúncias contra o PT e o governo.
Esse segundo grupo (petistas e os que votaram em Lula em 2002) pode repetir o voto ou não, dependendo do que aconteça daqui até as eleições. Já o outro comemora e solta fogos com o inferno astral do PT e de Lula.
Esse grupo antiPT e antiLula também pode ser divido em dois subgrupos: os que não concordavam com um certo comportamento aistórico do PT, que foi brilhantemente definido pelo ex-governador Leonel Brizola como a “UDN de macacão”. E um outro, raivoso, para quem a pregação de ética e moralidade do PT sempre foi como um tapa na cara, porque seus membros praticam a famosa lei de Gérson (“é preciso levar vantagem em tudo, certo?”). São os que compram drogas, mas criticam os traficantes. Os que subornam guardas, e criticam a polícia. Os que votam em Maluf, e dizem que todo político é ladrão. O representante desse grupo no Congresso é o senador Arthur Virgílio (PFL-AM).
Resta ao presidente continuar com dois pés (o mercado e o povão) bem firmes no chão para se equilibrar no fio da navalha ( a classe média) e conseguir a reeleição.