Trecho do artigo do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, publicado na FSP hoje. Assinante do jornal ou do UOL pode clicar aqui e ler o artigo na íntegra. E também está aqui, no site da Agência Carta Maior, seguindo dica do comentarista João Rosa, e aberto a todos.Vale a pena.
5) Terrorismo, democracia e libertação. É multissecular a tradição do Ocidente de violar os direitos humanos sob o pretexto de os defender, de cometer os mais grosseiros atropelos à democracia para impor a democracia. Estará a história a mudar? Se a guerra é o terrorismo dos fortes, será que o terrorismo é a guerra dos fracos? Poderá eliminar-se o terrorismo sem eliminar o terrorismo de Estado?2005 mostrou que a democracia tem duas histórias. Uma é a da sua subordinação aos interesses do capitalismo: impõe-se no Iraque, tolera-se a sua violação no Uzbequistão e liquida-se (se possível) na Venezuela. A outra história é a da luta democrática nos povos pela justiça social. As eleições no Uruguai, na Venezuela e, agora, a retumbante vitória de Evo Morales na Bolívia.Qual das histórias vai prevalecer em 2006? Será Hugo Chávez assassinado?Em 2005, o futuro veio ao presente, mas, como é seu timbre, não veio para ficar. Em vez de previsões certas, temos imprevisibilidades decisivas.
5) Terrorismo, democracia e libertação. É multissecular a tradição do Ocidente de violar os direitos humanos sob o pretexto de os defender, de cometer os mais grosseiros atropelos à democracia para impor a democracia. Estará a história a mudar? Se a guerra é o terrorismo dos fortes, será que o terrorismo é a guerra dos fracos? Poderá eliminar-se o terrorismo sem eliminar o terrorismo de Estado?2005 mostrou que a democracia tem duas histórias. Uma é a da sua subordinação aos interesses do capitalismo: impõe-se no Iraque, tolera-se a sua violação no Uzbequistão e liquida-se (se possível) na Venezuela. A outra história é a da luta democrática nos povos pela justiça social. As eleições no Uruguai, na Venezuela e, agora, a retumbante vitória de Evo Morales na Bolívia.Qual das histórias vai prevalecer em 2006? Será Hugo Chávez assassinado?Em 2005, o futuro veio ao presente, mas, como é seu timbre, não veio para ficar. Em vez de previsões certas, temos imprevisibilidades decisivas.