- “Santa ingenuidade”, diria Robin a Batman, naquela séria antiga. Será que alguém em sã consciência poderia imaginar que a entrevista do presidente Lula ao repórter Pedro Bial no Fantástico seria diferente?
O jornalista fez o dever de casa. Perguntou tudo aquilo que gostaríamos de perguntar ao presidente.
Lula também fez a parte dele. Hoje, as modernas assessorias preparam políticos e executivos para debates e entrevistas, onde eles são literalmente massacrados. As perguntas que todos queríamos fazer, evidentemente, foram as mais trabalhadas nessas reuniões. E como não tinha como respondê-las objetivamente, o presidente multiplicou seno por co-seno e fugiu pela tangente.
Ou alguém esperava que Lula fosse olhar para a câmera e dizer:
- Olha, Bial, povo brasileiro, nunca na história deste país um presidente deu uma mancada como a minha. Depois de perder três eleições, quando ganhei a última pensei que as portas estavam abertas para mim. Logo que assumi, vi alguns deputados a preço de ocasião e os comprei para reforçar a base aliada. Eles começaram a fazer fila no balcão, e imaginei que era só liberar a grana que meu futuro estava garantido. Até que Roberto Jefferson, que confessadamente enfiou quatro milhões num buraco escuro, deu com a língua nos dentes e tudo ruiu.
- “Santa ingenuidade achar que Lula diria isso”, comentaria a dupla dinâmica pós-moderna Bata-me e Roube-me.
O jornalista fez o dever de casa. Perguntou tudo aquilo que gostaríamos de perguntar ao presidente.
Lula também fez a parte dele. Hoje, as modernas assessorias preparam políticos e executivos para debates e entrevistas, onde eles são literalmente massacrados. As perguntas que todos queríamos fazer, evidentemente, foram as mais trabalhadas nessas reuniões. E como não tinha como respondê-las objetivamente, o presidente multiplicou seno por co-seno e fugiu pela tangente.
Ou alguém esperava que Lula fosse olhar para a câmera e dizer:
- Olha, Bial, povo brasileiro, nunca na história deste país um presidente deu uma mancada como a minha. Depois de perder três eleições, quando ganhei a última pensei que as portas estavam abertas para mim. Logo que assumi, vi alguns deputados a preço de ocasião e os comprei para reforçar a base aliada. Eles começaram a fazer fila no balcão, e imaginei que era só liberar a grana que meu futuro estava garantido. Até que Roberto Jefferson, que confessadamente enfiou quatro milhões num buraco escuro, deu com a língua nos dentes e tudo ruiu.
- “Santa ingenuidade achar que Lula diria isso”, comentaria a dupla dinâmica pós-moderna Bata-me e Roube-me.