Reportagem do Globo de ontem denunciou a gastança generalizada e suspeitíssima de deputados, lastreada na chamada verba indenizatória.
Criada pelo atual governador mineiro, Aécio Neves, quando este era presidente da Câmara (e tinha na primeira secretaria o ex-deputado Severino Cavalcanti) a verba indenizatória foi instituída para cobrir gastos que Suas Excelências fizessem em seus estados de origem, até um teto mensal estabelecido.
Quando de sua criação, o teto era R$ 7 mil. Na gestão do deputado petista João Paulo Cunha (SP), o teto subiu duas vezes: inicialmente para R$ 12 mil e depois para R$ 15 mil, que é o valor atual.
Os deputados têm essa verba para gastar, mas têm que prestar contas. Eles entregam notas fiscais comprovando os gastos e são restituídos do valor. Só que a reportagem mostrou que não há controle algum sobre as notas. E o deputado do PFL de Roraima Francisco Rodrigues chegou a confessar que quando não conseguia as notas de que necessitava, pegava-as num posto de gasolina...
O atual presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao tomar conhecimento da reportagem, disse que iria enviá-la para a Corregedoria da Casa analisar. Só que o corregedor, deputado Ciro Nogueira (PI)- também do ético PFL- é um dos que concentram seus gastos em combustíveis, queimando entre R$ 9 mil e R$ 12 mil, mensalmente.
O problema é que as notas não são analisadas com rigor, e muitos deputados se aproveitam disso para engrossar seus salários, por intermédio de notas fiscais certamente "não-contabilizadas" - na clássica definição delubiana.
E que solução os nobres deputados propõem para o problema? Em vez de tomar medidas que tornem eficiente a verificação das notas para punir os deputados malandros, alguns deputados querem dar o pulo do gato e simplesmente incorporar os R$ 15 mil a seus salários - que passariam a quase R$ 28 mil.
Suas Excelências os deputados não se emendam. O pior é que quando tentam fazê-lo, as emendas saem sempre pior que os sonetos.
Clique aqui e adicione este blog aos seus Favoritos
Criada pelo atual governador mineiro, Aécio Neves, quando este era presidente da Câmara (e tinha na primeira secretaria o ex-deputado Severino Cavalcanti) a verba indenizatória foi instituída para cobrir gastos que Suas Excelências fizessem em seus estados de origem, até um teto mensal estabelecido.
Quando de sua criação, o teto era R$ 7 mil. Na gestão do deputado petista João Paulo Cunha (SP), o teto subiu duas vezes: inicialmente para R$ 12 mil e depois para R$ 15 mil, que é o valor atual.
Os deputados têm essa verba para gastar, mas têm que prestar contas. Eles entregam notas fiscais comprovando os gastos e são restituídos do valor. Só que a reportagem mostrou que não há controle algum sobre as notas. E o deputado do PFL de Roraima Francisco Rodrigues chegou a confessar que quando não conseguia as notas de que necessitava, pegava-as num posto de gasolina...
O atual presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao tomar conhecimento da reportagem, disse que iria enviá-la para a Corregedoria da Casa analisar. Só que o corregedor, deputado Ciro Nogueira (PI)- também do ético PFL- é um dos que concentram seus gastos em combustíveis, queimando entre R$ 9 mil e R$ 12 mil, mensalmente.
O problema é que as notas não são analisadas com rigor, e muitos deputados se aproveitam disso para engrossar seus salários, por intermédio de notas fiscais certamente "não-contabilizadas" - na clássica definição delubiana.
E que solução os nobres deputados propõem para o problema? Em vez de tomar medidas que tornem eficiente a verificação das notas para punir os deputados malandros, alguns deputados querem dar o pulo do gato e simplesmente incorporar os R$ 15 mil a seus salários - que passariam a quase R$ 28 mil.
Suas Excelências os deputados não se emendam. O pior é que quando tentam fazê-lo, as emendas saem sempre pior que os sonetos.
Clique aqui e adicione este blog aos seus Favoritos