Dizem que o peixe morre pela boca. Está certo que Lula não é peixe, mas é um animal marinho, mais especificamente um molusco. E que também, grosso modo, morre pela boca.
O presidente deveria mirar-se no molusco que lhe emprestou o apelido e parar com os improvisos. O terreno em que se move está completamente minado. Há um golpe sendo articulado contra ele, e a estratégia a ser adotada no momento deveria ser a de "só abrir a boca quando tiver certeza" (como diria a Ofélia - não a de Shakespeare, mas a do Fernandinho, de um antigo quadro de humor da TV, com o excelente Lúcio Mauro. Evidentemente, Lula deveria adotar a frase mas não o comportamento dela).
Mas como controlar o gosto do presidente pelo palanque e pela autopromoção? Agora mesmo, no Rio Grande do Sul, Lula disse que "não está longe de a gente atingir a perfeição no tratamento de saúde neste país". Uau!
Levou o troco na hora. A primeira página de O Globo de hoje mostra que o serviço é "quase" perfeito mesmo. O "quase" é que mata - não só no sentido figurado, mas literalmente. Neste hospital da foto, onde crianças portadoras do HIV recebem medicamentos, o mofo nas paredes é o "quase" que faz a diferença...
O hospital é o Gaffrée e Guinle, referência no tratamento de Aids, e o mofo é apenas um dos problemas que enfrenta: faltam equipamentos e remédios básicos, e até combustível para ambulância...
É verdade que não foi o presidente quem criou esses problemas, assim como não é Lula o responsável pela auto-suficiência da Petrobras. A incompetência em relação aos problemas de saúde e a competência da Petrobras são o resultado de governos seguidos. Uns mais, outros menos.
É certo que a administração petista na área da saúde está focada na medicina preventiva, com os programas Saúde da Família, Saúde Bucal e Qualisus, que eram o objeto da fala presidencial no RS.
Mas uma coisa não justifica a outra. Não se fala de corda em casa de enforcado, nem em serviço de saúde quase perfeito com hospitais caindo aos pedaços, como o Gaffrée Guinle é exemplo - e infelizmente não o único nem o mais grave.
(Estou atualizando a lista de blogs linkados ao meu. Se você colocou um link para meu blog no seu, passe-me o endereço para que eu possa retribuir a indicação. Grato. AM.)
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O presidente deveria mirar-se no molusco que lhe emprestou o apelido e parar com os improvisos. O terreno em que se move está completamente minado. Há um golpe sendo articulado contra ele, e a estratégia a ser adotada no momento deveria ser a de "só abrir a boca quando tiver certeza" (como diria a Ofélia - não a de Shakespeare, mas a do Fernandinho, de um antigo quadro de humor da TV, com o excelente Lúcio Mauro. Evidentemente, Lula deveria adotar a frase mas não o comportamento dela).
Mas como controlar o gosto do presidente pelo palanque e pela autopromoção? Agora mesmo, no Rio Grande do Sul, Lula disse que "não está longe de a gente atingir a perfeição no tratamento de saúde neste país". Uau!
Levou o troco na hora. A primeira página de O Globo de hoje mostra que o serviço é "quase" perfeito mesmo. O "quase" é que mata - não só no sentido figurado, mas literalmente. Neste hospital da foto, onde crianças portadoras do HIV recebem medicamentos, o mofo nas paredes é o "quase" que faz a diferença...
O hospital é o Gaffrée e Guinle, referência no tratamento de Aids, e o mofo é apenas um dos problemas que enfrenta: faltam equipamentos e remédios básicos, e até combustível para ambulância...
É verdade que não foi o presidente quem criou esses problemas, assim como não é Lula o responsável pela auto-suficiência da Petrobras. A incompetência em relação aos problemas de saúde e a competência da Petrobras são o resultado de governos seguidos. Uns mais, outros menos.
É certo que a administração petista na área da saúde está focada na medicina preventiva, com os programas Saúde da Família, Saúde Bucal e Qualisus, que eram o objeto da fala presidencial no RS.
Mas uma coisa não justifica a outra. Não se fala de corda em casa de enforcado, nem em serviço de saúde quase perfeito com hospitais caindo aos pedaços, como o Gaffrée Guinle é exemplo - e infelizmente não o único nem o mais grave.
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