Assim como na antiga cartilha "Ivo viu a uva" - ou, na versão mais picante (com duplo sentido), "viu a vulva da vovó" -, o presidente da Bolívia, Evo Morales, vai ver a volta. Ele pisou na bola com as declarações de ontem em Viena, e vai levar o troco.
Certamente que ele vai procurar dizer que não disse o que disse. Agora mesmo, chegou uma informação de Viena, via Estadão, nesse sentido.
No entanto, foi o que ele afirmou ontem numa coletiva . E não se chama de contrabandista uma empresa como a Petrobras impunemente. Do mesmo modo que não se afirma que o Brasil conseguiu o Acre a troco de um cavalo.
Não é à toa que muitos dizem que o vice-presidente, Álvaro Garcia Linera, é para Evo o que José Dirceu foi para Lula no início do governo do petista. Enquanto um fala para o povo, o outro toca o governo.
Todas as entrevistas de Linera sempre foram firmes, no sentido de que a nacionalização é irreversível, mas, ao mesmo tempo, de que a negociação do porvir é o que está na mesa.
Certamente no encontro que terão amanhã, Evo e Lula apararão as arestas e Evo procurará deixar o dito pelo não dito. Ambos são populistas, falam buscando contato direto com as massas. Por isso, Lula entende as declarações de Evo como dirigidas ao público interno. Mas vai mostrar a ele que essas declarações foram inaceitáveis para o público interno de Lula – nós, o povo brasileiro.
Aposto que um pedido de desculpas pelo “mal entendido” virá, mas Evo conseguiu jogar contra si parte da opinião pública brasileira que ainda procurava enxergar suas razões e as de seu país.
Se Evo tem a Constituinte em julho lá, Lula tem as eleições de outubro aqui. A sintonia fina para agradar aos dois povos é o que eles vão procurar. Se não for possível, diz o ditado que quem pode mais, chora menos. Se Lula radicalizar com Evo, prejudica parte do Brasil, mas quebra a Bolívia.
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Certamente que ele vai procurar dizer que não disse o que disse. Agora mesmo, chegou uma informação de Viena, via Estadão, nesse sentido.
"Não disse que a Petrobras sonega imposto e é contrabandista", teria afirmado Evo.
No entanto, foi o que ele afirmou ontem numa coletiva . E não se chama de contrabandista uma empresa como a Petrobras impunemente. Do mesmo modo que não se afirma que o Brasil conseguiu o Acre a troco de um cavalo.
Não é à toa que muitos dizem que o vice-presidente, Álvaro Garcia Linera, é para Evo o que José Dirceu foi para Lula no início do governo do petista. Enquanto um fala para o povo, o outro toca o governo.
Todas as entrevistas de Linera sempre foram firmes, no sentido de que a nacionalização é irreversível, mas, ao mesmo tempo, de que a negociação do porvir é o que está na mesa.
Certamente no encontro que terão amanhã, Evo e Lula apararão as arestas e Evo procurará deixar o dito pelo não dito. Ambos são populistas, falam buscando contato direto com as massas. Por isso, Lula entende as declarações de Evo como dirigidas ao público interno. Mas vai mostrar a ele que essas declarações foram inaceitáveis para o público interno de Lula – nós, o povo brasileiro.
Aposto que um pedido de desculpas pelo “mal entendido” virá, mas Evo conseguiu jogar contra si parte da opinião pública brasileira que ainda procurava enxergar suas razões e as de seu país.
Se Evo tem a Constituinte em julho lá, Lula tem as eleições de outubro aqui. A sintonia fina para agradar aos dois povos é o que eles vão procurar. Se não for possível, diz o ditado que quem pode mais, chora menos. Se Lula radicalizar com Evo, prejudica parte do Brasil, mas quebra a Bolívia.
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