Uma das causas que deflagraram os conflitos que eclodiram em São Paulo na semana passada foi o vazamento de informações de uma CPI. Um técnico de som vendeu para advogados dos bandidos o áudio de tudo o que foi discutido numa sessão que deveria ser secreta da CPI do Tráfico, onde delegados informavam medidas que seriam tomadas contra líderes do PCC. O técnico de som confessou sua participação e informou inclusive por quanto se vendeu: R$ 200 reais.
As medidas contra ele, os advogados corruptos e os bandidos já estão sendo tomadas. Mas o caso é bom para se levantar uma outra questão, que não se discute, e está na raiz da maior parte dos problemas do país: a privatização do serviço público.
Antigamente, os funcionários públicos eram respeitados, tinham bons salários. Só eram admitidos mediante concursos – sempre disputadíssimos. Com a onda neoliberal que varreu o mundo, extinguiram-se cargos, incentivaram-se demissões voluntárias, aposentadorias precoces, aviltaram-se os salários, desmontou-se um trabalho de anos.
A mão-de-obra passou a ser terceirizada, em nome de uma suposta economia, com a alegação de que isso daria maior agilidade e eficiência à máquina burocrática. O que se verifica é o exato oposto. Funcionários desmotivados, descompromissados, com salários aviltados, reunidos em grandes empresas fornecedoras de mão-de-obra – muitas delas de propriedade de políticos, inclusive ex-ministros. (ler mais...)
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As medidas contra ele, os advogados corruptos e os bandidos já estão sendo tomadas. Mas o caso é bom para se levantar uma outra questão, que não se discute, e está na raiz da maior parte dos problemas do país: a privatização do serviço público.
Antigamente, os funcionários públicos eram respeitados, tinham bons salários. Só eram admitidos mediante concursos – sempre disputadíssimos. Com a onda neoliberal que varreu o mundo, extinguiram-se cargos, incentivaram-se demissões voluntárias, aposentadorias precoces, aviltaram-se os salários, desmontou-se um trabalho de anos.
A mão-de-obra passou a ser terceirizada, em nome de uma suposta economia, com a alegação de que isso daria maior agilidade e eficiência à máquina burocrática. O que se verifica é o exato oposto. Funcionários desmotivados, descompromissados, com salários aviltados, reunidos em grandes empresas fornecedoras de mão-de-obra – muitas delas de propriedade de políticos, inclusive ex-ministros. (ler mais...)
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