A senadora e candidata do PSOL à presidência da República, Heloísa Helena, é a queridinha da vez da oposição a Lula. Tucanos, pefelistas e setores peemedebistas torcem para que ela tire alguns votos do presidente e suba outros tantos para levar a eleição a um segundo turno.A torcida é tão grande, que muitas vezes torce a realidade. Como neste comentário de Maurício Dias sobre o desempenho da senadora na pesquisa Vox Populi, publicado na carta Capital.
"O desempenho da senadora Heloísa Helena pode ser o fator determinante para a realização de um segundo turno eleitoral em outubro. Esse fator HH traduz-se em uma candidatura que cresce em marcha lenta. A ex-petista, candidata pelo recém-criado PSOL, tinha 6 pontos no fim de maio, caiu para 5% no fim de junho e, agora, chega a 7%. Um crescimento que, em princípio, guarda uma relação direta com os porcentuais perdidos por Lula. Mais precisamente, com uma parte dos eleitores definidos como “de esquerda”, que migraram do PT em razão da crise do caixa 2 ou em busca de opções políticas menos conservadoras."
O jornalista, em sua volúpia helenista, esqueceu-se de um detalhe importante: a margem de erro da pesquisa Vox Populi, em que baseia toda sua argumentação, é de 2,2%, para mais ou para menos. Portanto, a nobre senadora, estatisticamente, pode estar parada como um poste, com 5% das intenções de voto.
Já o ex-prefeito do Rio, ainda no exercício do cargo, César Maia, veste-se de ovelha e dá conselhos a HH, para que ela fale mais baixo na TV. Em seu ex-blog, ele afirma que assim ela não passará uma imagem de arrogante.
Pois lhe dou conselho oposto, senadora. Grite, esperneie, pragueje, como uma Enéias de rabo de cavalo, que a senhora sobe nas pesquisas. Os que querem amansá-la desejam direcionar suas críticas unicamente ao presidente Lula. Mas, para subir, a senhora vai ter que desancar o Alckmin também, que está imediatamente à sua frente. Portanto, pau neles. Diga que são "as duas faces da mesma moeda neoliberal" (pode usar a frase).
Com isso, virão para sua candidatura muitos que pensam em anular o voto; aquela parte dos "indignados úteis" que acha o Chuchu muito sem sabor; parte do eleitorado feminino; e aquele percentual nada desprezível dos que votam na candidatura mais exótica.
Ponha a boca no trombone, senadora, "seu nome é Heleeeeeeeeena!!!!!"...
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