Chamada de capa da Folha de hoje (reproduzida aqui ao lado) faz uma revelação gravíssima: "Hamilton Lacerda, assessor parlamentar e ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante (PT), disse à PF em São Paulo que o dossiê contra tucanos seria usado nas campanhas de Lula e de outros petistas".
Em primeiro lugar, a informação está apenas na Folha. Nenhum outro jornal faz essa acusação. Tudo bem, vá lá que seja um furo. Mas, ao lermos a matéria propriamente dita (aqui, para assinantes), vemos que a história não é bem essa: não foi Hamilton quem disse, mas o advogado de Hamilton foi quem disse que Hamilton disse... E o que dizem que o advogado disse não foi exatamente isso:
Mais uma vez, é curioso. Porque o Estadão estava lá, O Globo estava lá, Jornal do Brasil e Correio Braziliense também, repórteres dos principais portais idem, e só à Folha o advogado de Hamilton disse que Hamilton disse... Tudo bem, ainda assim, é um furo... Se é verdade, atinge em cheio a candidatura de Lula, e a oposição irá com tudo para tentar sua impugnação, ou, mais adiante, o impeachment do presidente, se reeleito.
Mas, e se Hamilton vier a público e disser que não disse o que seu advogado disse que disse?
Bom, aí, nesse disse-que-disse, o estrago já foi feito. Quem leu apenas a primeira página da Folha, na véspera da eleição, saiu com a informação errada de que o ex-coordenador de Mercadante disse que o dossiê seria usado pela campanha de Lula - o que pode tirar votos do presidente. Um "erramos" na parte interna de amanhã não apaga o erro.
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Em primeiro lugar, a informação está apenas na Folha. Nenhum outro jornal faz essa acusação. Tudo bem, vá lá que seja um furo. Mas, ao lermos a matéria propriamente dita (aqui, para assinantes), vemos que a história não é bem essa: não foi Hamilton quem disse, mas o advogado de Hamilton foi quem disse que Hamilton disse... E o que dizem que o advogado disse não foi exatamente isso:
"A polícia o ouviu porque ele foi chamado a Brasília para ver se seria possível divulgar um eventual material de repercussão na campanha", disse Toron, sem citar à qual campanha estava se referindo.
Questionado pela Folha, esclareceu: "A repercussão na campanha como um todo, não era só na campanha de São Paulo, não. É na campanha nacional. Eventualmente nas estaduais também".
Mais uma vez, é curioso. Porque o Estadão estava lá, O Globo estava lá, Jornal do Brasil e Correio Braziliense também, repórteres dos principais portais idem, e só à Folha o advogado de Hamilton disse que Hamilton disse... Tudo bem, ainda assim, é um furo... Se é verdade, atinge em cheio a candidatura de Lula, e a oposição irá com tudo para tentar sua impugnação, ou, mais adiante, o impeachment do presidente, se reeleito.
Mas, e se Hamilton vier a público e disser que não disse o que seu advogado disse que disse?
Bom, aí, nesse disse-que-disse, o estrago já foi feito. Quem leu apenas a primeira página da Folha, na véspera da eleição, saiu com a informação errada de que o ex-coordenador de Mercadante disse que o dossiê seria usado pela campanha de Lula - o que pode tirar votos do presidente. Um "erramos" na parte interna de amanhã não apaga o erro.
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