Quem lê este blog sabe primeiro: Há dez dias fiz uma postagem aqui, onde afirmava que a eleição de Sarney estava perigando no Amapá. A última pesquisa do Ibope mostra que é muito mais do que isso. A adversária de Sarney - Cristina Almeida (PSB) - subiu onze pontos, enquanto o cacicão maranhense, que reina na política brasileira há décadas, caiu mais três. Agora Sarney tem 47% das intenções de voto, e Cristina, 40%. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, eles estão quase empatados. Com uma diferença fundamental: enquanto a candidatura de Cristina cresce, a de Sarney despenca.
Se fosse outro o adversário, a eleição de Cristina seria certa. Mas Sarney é poderoso, e está fazendo de tudo para não ter a carreira encerrada por uma adversária desconhecida. Quando se mudou de armas e bagagens para o Amapá, há 16 anos, o ex-presidente levou consigo um Kit-eleição: milhares de maranhenses transferiram seus títulos eleitorais para aquele estado. Hoje, há bairros inteiros com mais maranhenses que amapaenses.
Mas o senador está encontrando uma pedreira pela frente. Cristina é uma negra de 1,80 m de altura, formada em Administração e ex-superintendente do Incra no Amapá. Quando a possibilidade de sua candidatura ao Senado foi colocada, no início do ano, ela sofreu na pele um exemplo asqueroso de preconceito e assédio moral. Como era funcionária concursada da Assembléia Legislativa do Amapá, foi convocada pelo presidente da Casa, deputado Jorge Amanajás (do ético PSDB), para voltar ao trabalho na Assembléia, sob pena de ser demitida.
Ao se apresentar para o trabalho, Cristina foi escalada para exercer funções na sala dos serviços gerais por determinação do presidente da Casa, seu desafeto político e afilhado de José Sarney.
Agora, Cristina ameaça botar um ponto final na carreira do homem que o presidente Lula considera um "exemplo de ex-presidente". Vamos ver se será também um exemplo de ex-senador e aceitar a derrota como parte da vida.
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Se fosse outro o adversário, a eleição de Cristina seria certa. Mas Sarney é poderoso, e está fazendo de tudo para não ter a carreira encerrada por uma adversária desconhecida. Quando se mudou de armas e bagagens para o Amapá, há 16 anos, o ex-presidente levou consigo um Kit-eleição: milhares de maranhenses transferiram seus títulos eleitorais para aquele estado. Hoje, há bairros inteiros com mais maranhenses que amapaenses.
Mas o senador está encontrando uma pedreira pela frente. Cristina é uma negra de 1,80 m de altura, formada em Administração e ex-superintendente do Incra no Amapá. Quando a possibilidade de sua candidatura ao Senado foi colocada, no início do ano, ela sofreu na pele um exemplo asqueroso de preconceito e assédio moral. Como era funcionária concursada da Assembléia Legislativa do Amapá, foi convocada pelo presidente da Casa, deputado Jorge Amanajás (do ético PSDB), para voltar ao trabalho na Assembléia, sob pena de ser demitida.
Ao se apresentar para o trabalho, Cristina foi escalada para exercer funções na sala dos serviços gerais por determinação do presidente da Casa, seu desafeto político e afilhado de José Sarney.
"Ao chegar na Assembléia Legislativa, no início de abril, para se apresentar depois que se desincompatibilizou do cargo de superintendente do Incra para concorrer ao Senado, teve a surpresa. Deveria ir para a cozinha. Desviada de sua função, ela é vigiada diretamente pelo chefe imediato. Disse que seu ponto é cortado mesmo estando no local trabalho e passa o dia sentada num sofá, numa sala de 4x4m, vendo televisão ou escutando programas jornalísticos, por meio de um rádio a pilha que leva de casa, ou trabalhando em seu laptop, além de conversar com as faxineiras e as copeiras, suas atuais colegas de trabalho..."(Leia mais sobre o caso nesta reportagem do Jornal Pequeno, Presidente da Assembléia do Amapá usa cozinha da Casa para castigar concorrente de Sarney)
Agora, Cristina ameaça botar um ponto final na carreira do homem que o presidente Lula considera um "exemplo de ex-presidente". Vamos ver se será também um exemplo de ex-senador e aceitar a derrota como parte da vida.
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