A coligação A Força do Povo (PT-PRB-PCdoB), que apóia a reeleição do presidente Lula, deu um tiro no pé ao pedir ao TSE para retirar do ar um comentário de Arnaldo Jabor na rádio CBN. O pior é que o TSE atendeu...
O que a campanha de Lula ganha com isso? Em primeiro lugar, mais antipatia da mídia, que vê o caso como uma forma de censura - o que efetivamente é. Em segundo lugar, a proibição repercutiu o comentário do Jabor, aumentando exponencialmente sua audiência.
Porque, afinal, quem lê o Jabor? A turma de sempre, os "indignados úteis", que vêem Jabor, Mainardi e Reinaldo como a Santíssima Trindade antiLula. Quando o estoque de veneno contra o presidente e o PT está na reserva, eles correm aos textos de um dos três, como os carros vão aos postos de gasolina para o reabastecimento - só não me perguntem onde lhes é enfiada a mangueira...
No tal comentário, Jabor destila seu preconceito, quando divide assim o país: "De um lado, São Paulo e a complexa experiência de Estado industrializado, rico e privatista. De outro, a voz dos grotões, onde o estado ainda é o provedor dos vassalos famintos".
Esquece-se Jabor, que esse São Paulo que ele elogia foi construído às custas da outra parte do país. Os sucessivos governos, anteriores a Lula, promoveram com subsídios e incentivos a industrialização de São Paulo, enquanto os "grotões" serviam apenas de criadouro para mão-de-obra barata. As verbas para os "grotões" iam direto para o bolso dos coronéis da região, como compensação para as quantias infinitamente maiores que eram deslocadas para São Paulo.
Querem uma prova de como São Paulo foi sempre privilegiado? A Constituição de 1988 determinou que todos os produtos tenham a cobrança do ICMS efetuada na origem, com exceção do petróleo e da energia elétrica. Agora, respondam-me: se a Bacia de Campos fosse em SP, o ICMS seria cobrado na origem ou no destino?...
E essa é - a meu ver - a grande burrice desse pedido de retirada do ar do comentário de Jabor. Deveria não só ficar ali, mas ser repercutido por toda a campanha do presidente Lula, mostrando o que há por trás da campanha de Alckmin: uma luta da grande indústria paulista (mas não só dela) pela volta dos privilégios, às custas de cortes em programas sociais como o Bolsa Família, por exemplo, que leva um pouco de dignidade e esperança aos tais "grotões".
Clique aqui e adicione este blog aos seus Favoritos
O que a campanha de Lula ganha com isso? Em primeiro lugar, mais antipatia da mídia, que vê o caso como uma forma de censura - o que efetivamente é. Em segundo lugar, a proibição repercutiu o comentário do Jabor, aumentando exponencialmente sua audiência.
Porque, afinal, quem lê o Jabor? A turma de sempre, os "indignados úteis", que vêem Jabor, Mainardi e Reinaldo como a Santíssima Trindade antiLula. Quando o estoque de veneno contra o presidente e o PT está na reserva, eles correm aos textos de um dos três, como os carros vão aos postos de gasolina para o reabastecimento - só não me perguntem onde lhes é enfiada a mangueira...
No tal comentário, Jabor destila seu preconceito, quando divide assim o país: "De um lado, São Paulo e a complexa experiência de Estado industrializado, rico e privatista. De outro, a voz dos grotões, onde o estado ainda é o provedor dos vassalos famintos".
Esquece-se Jabor, que esse São Paulo que ele elogia foi construído às custas da outra parte do país. Os sucessivos governos, anteriores a Lula, promoveram com subsídios e incentivos a industrialização de São Paulo, enquanto os "grotões" serviam apenas de criadouro para mão-de-obra barata. As verbas para os "grotões" iam direto para o bolso dos coronéis da região, como compensação para as quantias infinitamente maiores que eram deslocadas para São Paulo.
Querem uma prova de como São Paulo foi sempre privilegiado? A Constituição de 1988 determinou que todos os produtos tenham a cobrança do ICMS efetuada na origem, com exceção do petróleo e da energia elétrica. Agora, respondam-me: se a Bacia de Campos fosse em SP, o ICMS seria cobrado na origem ou no destino?...
E essa é - a meu ver - a grande burrice desse pedido de retirada do ar do comentário de Jabor. Deveria não só ficar ali, mas ser repercutido por toda a campanha do presidente Lula, mostrando o que há por trás da campanha de Alckmin: uma luta da grande indústria paulista (mas não só dela) pela volta dos privilégios, às custas de cortes em programas sociais como o Bolsa Família, por exemplo, que leva um pouco de dignidade e esperança aos tais "grotões".
Clique aqui e adicione este blog aos seus Favoritos