O desastre do Boeing da Gol: perguntas para confundir versus perguntas para esclarecer

A contra-informação já está comendo solta. Antevendo o tamanho do prejuízo com indenizações que terão de pagar aos parentes das vítimas do Boeing da Gol, o "lado de lá" começa a espalhar fumaça para tentar encobrir o que todas as investigações até o momento estão apontando: a culpa dos pilotos do Legacy pelo acidente.

Ontem, o jornal O Globo publicou reportagem e entrevista com o major-brigadeiro Renato Costa Pereira, ex-secretário da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) e ex-presidente da Comissão Latino-Americana de Aviação Civil. Segundo ele, não se pode afirmar que tenha havido colisão. Acha muito improvável, mas levanta outra hipótese, a meu ver mais improvável ainda:"Se tivesse alguma coisa caindo do Boeing, talvez pudesse ter causado aquele estrago no Legacy"...

O brigadeiro também chama atenção para um outro detalhe, para ele de suma importância:
O Boeing, que estava numa altitude de 37 mil pés, levou de seis a dez minutos para chegar ao chão. Nesse tempo, dá para fazer muita coisa. Tem que checar se houve o mayday (pedido de socorro). Se não houve, por que não houve?

Brigadeiro, existem muitas perguntas que ainda não foram respondidas, especialmente pelos pilotos americanos: por que o transponder parou de funcionar em Brasília e voltou a funcionar, providencialmente, logo após o acidente? Por que o rádio de comunicação do Legacy funcionou normalmente até Brasília, depois ficou subitamente no volume mínimo (fato registrado na caixa-preta), e só voltou a funcionar normalmente após a colisão? E, fundamentalmente, a pergunta que tem que ser respondida por eles:
Por que não seguiram o plano de vôo e estavam a 37 mil pés, quando deveriam estar a 38 mil?


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