Pela primeira vez, a campanha para reduzir o preconceito contra a Aids será protagonizada por duas pessoas portadoras do vírus HIV, informa o jornal O Globo. Uma delas é a advogada gaúcha Beatriz Pacheco. Beatriz tem quatro filhos e três netos. Segundo a reportagem, "ela foi infectada nove anos atrás pelo segundo marido, que sofria de cirrose hepática e contraiu a doença por transfusão de sangue. Beatriz conta que a notícia caiu como uma bomba em sua vida, mas não a impediu de casar pela terceira vez nem de lutar contra o preconceito, ajudando soropositivos demitidos a reaver o emprego".
Como se vê, a advogada deu a volta por cima, utilizando-se de seus serviços profissionais para auxiliar outros portadores na Justiça do Trabalho, e agora protagonizando a campanha do Ministério da Saúde contra o preconceito - que ela sente na própria pele:
É simplesmente estarrecedor o que a desinformação e o preconceito são capazes de produzir. Pela profissão, Beatriz certamente morava num prédio de classe média, e fico imaginando o que passava pela cabeça dessas pessoas que a discriminaram, apenas por ser portadora de um vírus que qualquer um de nós pode pegar, por uma relação sexual sem proteção ou uma transfusão de sangue contaminado.
Por isso, parabenizo a advogada por sua coragem, e espero que seu depoimento nos comerciais do Ministério da Saúde sirva para mudar a atitude preconceituosa das pessoas contra os soropositivos, a começar pelos moradores do prédio onde ela viveu por 20 anos.
ATUALIZAÇÃO (26/11): Recebi um comentário da própria Beatriz, e faço questão de reproduzi-lo aqui:
Retribuo o abraço, Beatriz, e, mais uma vez, parabéns pela luta. Conte com este espaço, onde pessoas como você são sempre bem-vindas.
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Como se vê, a advogada deu a volta por cima, utilizando-se de seus serviços profissionais para auxiliar outros portadores na Justiça do Trabalho, e agora protagonizando a campanha do Ministério da Saúde contra o preconceito - que ela sente na própria pele:
Beatriz lembra que já sofreu todo tipo de constrangimento nos últimos nove anos. No edifício onde morou por 20 anos recebia bilhetes com mensagens do tipo: “Saia, aidética. Isso aqui não é hospital de caridade.” Vizinhos que viram seus filhos nascer, contou ela, evitavam entrar no mesmo elevador.
É simplesmente estarrecedor o que a desinformação e o preconceito são capazes de produzir. Pela profissão, Beatriz certamente morava num prédio de classe média, e fico imaginando o que passava pela cabeça dessas pessoas que a discriminaram, apenas por ser portadora de um vírus que qualquer um de nós pode pegar, por uma relação sexual sem proteção ou uma transfusão de sangue contaminado.
Por isso, parabenizo a advogada por sua coragem, e espero que seu depoimento nos comerciais do Ministério da Saúde sirva para mudar a atitude preconceituosa das pessoas contra os soropositivos, a começar pelos moradores do prédio onde ela viveu por 20 anos.
ATUALIZAÇÃO (26/11): Recebi um comentário da própria Beatriz, e faço questão de reproduzi-lo aqui:
Prezado Mello! Obrigada por dar ênfase à "nossa" Campanha, aqui em teu BLOG! Desta forma estás nos ajudando muito a alcançar o propósito de nossa exposição pública! Alertar, gerar a discussão, fazer refletir sobre uma realidade que ninguém vê como sua!
Também eu como tu "sonho com coisas que nunca foram e pergunto: por que não?" Vamos conseguir, JUNTOS, vencer a este preconceito e, após isto, venceremos mais, a própria epidemia... Por que não?
Um grande e agradecido abraço! Beatriz Pacheco
Retribuo o abraço, Beatriz, e, mais uma vez, parabéns pela luta. Conte com este espaço, onde pessoas como você são sempre bem-vindas.
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