Quem começou foi o Congresso. O novo presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), andou falando que os ministros do Supremo ganham bem, e não os deputados. O ministro Marco Aurélio Mello reagiu. Disse que é o contrário. Mas achou pouco e foi além. Resolveu redistribuir a verba a que têm direito os partidos. Essa verba era dividida da seguinte maneira: 1% era rateado entre todos os partidos. Os outros 99% eram divididos proporcionalmente. O ministro propôs que o rateado passasse a 42%, enchendo de verba os pequenos partidos. Mexeu assim no bolso dos grandes, PMDB, PT, PSDB e PFL. Só que, quando se trata de dinheiro, não há diferença ideológica entre eles. Todos querem o seu e já preparam uma reação.
Já vimos esse filme inúmeras vezes. Legislativo e Judiciário vão bater boca, até que, ao final, chegam a um consenso. O Legislativo propõe mais verbas para o Judiciário. Este aprova mais verbas para aquele.
E nós, ó...