O senador Pedro Simon (PMDB-RS) lavou a alma dos que – como eu – ficaram decepcionados com a atitude que o Senado teve quando do discurso do ex-presidente, atual senador, Fernando Collor.
Em sua estréia na tribuna do Senado, Collor distorceu a história de seu impeachment de tal modo – e sem contestação – que cheguei a temer que lançassem seu nome novamente para a presidência.
Mas, hoje, o senador Pedro Simon colocou as coisas em seus devidos lugares. O senador gaúcho traçou um panorama das atividades de investigação desde seu início e disse que o trabalho da CPI foi legítimo e reuniu depoimentos e provas documentais suficientes para justificar o processo de impedimento contra Collor.
Relembrou o motorista Eriberto, que trabalhava para a secretária particular de Collor, Ana Accioly, que desfiou "um rosário de nomes e fatos" na CPI.
- Ali apareceram, por exemplo, os nomes das secretárias Rosinete e Marta, do mordomo Beto e do secretário particular Cláudio Vieira, do piloto Jorge Bandeira, entre outros; fatos como a prova do Fiat Elba e das transações financeiras para pagamentos particulares, tendo sempre como fonte o senhor PC Farias; e destinatários, pessoas do convívio familiar e da amizade de Vossa Excelência [Fernando Collor], instituições financeiras como PNC e Bancesa, além de empresas de táxi-aéreo, locadoras de automóveis, postos de gasolina, entre outras - enumerou Simon.