Ouro do PAN já começou a ser distribuído

Como sabem meus 13 leitores, eu estou com a pulga atrás da orelha em relação ao PAN. Há cheiro das cinco letras que fedem no ar e mais dia menos dia o cheiro nauseabundo mostrará sua origem.

Pois um desses 13 leitores me informou sobre uma reportagem de Carta Capital que trata do assunto. Descobri a reportagem de Phydia de Athayde, sintomaticamente chamada de Ouro Perdido, onde se descobre um pouco mais para onde está indo o ouro do PAN.

Mas um outro leitor, via e-mail, mandou-me um link para texto de Mario Magalhães na Folha, com o título “Tape o nariz; o Pan vem aí”.

Em 2003, o "Diário Oficial" do município anunciou que o estádio olímpico custaria R$ 60 milhões (30% a mais em valor atual) e ficaria pronto em 2004. Está em R$ 350 milhões e segue em obras.
A
então governadora Rosinha Matheus cravou em 2005: a reforma do Maracanã para o Pan de julho de 2007 sairia por R$ 71 milhões. O orçamento deu um salto, triplo, para R$ 232 milhões.

Uma amiga me disse que a história já teria virado editorial da Folha. Pesquisei e encontrei. É de 21 de janeiro,Extorsão olímpica”.

No âmbito estadual, a reforma do Maracanã, orçada em 2005 em R$ 71 milhões, já custou R$ 232 milhões. É dinheiro bastante para erguer estádios novos e moderníssimos. O de Leipzig, usado na Copa da Alemanha de 2006, saiu por R$ 244 milhões. O de Seogwipo (Coréia do Sul, 2002) ficou em R$ 203 milhões.
Em 2002, quando da candidatura do Rio, o Comitê Olímpico Brasileiro estimava o total de gastos em US$ 178 milhões (R$ 550 milhões à época), a maior parte bancados pela prefeitura. Cerca de 20% dos recursos viriam da iniciativa privada. Hoje é difícil precisar quanto o poder público - município, Estado e União - terá despendido ao final do evento. Os organizadores falam em R$ 3 bilhões: a metade vinda do governo federal (R$ 1,5 bilhão) e praticamente nada de empresas privadas.


Como se vê, uma reportagem completa sobre os bastidores desse PAN vale ouro.