Discursando hoje em Goiás o presidente Lula saiu-se com esta:
“Os usineiros de cana, que há dez anos eram tidos como se fossem os bandidos do agronegócio neste país, estão virando heróis nacionais e mundiais, porque todo mundo está de olho no álcool.”
O Bagaço
Os alagoanos estão mesmo na moda. Os presidentes da Câmara [na época da postagem, Aldo Rebelo] e do Senado são alagoanos. Domício Diniz também é. Ou melhor, era.
Domício foi o décimo bóia-fria a morrer na região de Ribeirão Preto, desde o ano passado. Era cortador de cana.
Suspeita-se que a morte dele tenha sido causada por excesso de trabalho. Ele cortava, em média, 12 toneladas de cana por dia. O que dá, segundo estudos da USP, aproximadamente 12 mil golpes com o podão, utilizado para derrubar a cana.
Essa é a média dos trabalhadores rurais hoje em dia, 50% a mais que a média da década de 1980, que era de oito toneladas diárias.
Para quem procura um exemplo prático de "mais-valia absoluta", taí a prova de que se extrai trabalho do empregado até o bagaço.