A acusação é do jornalista Luis Nassif em seu mais recente livro, Cabeças-de-planilha (Ediouro, 320 pgs.,RS 39,90). Volto ao assunto, porque ele ainda nem começou a ser esclarecido. Segundo Nassif, o economista André Lara Resende, um dos formuladores do plano Real, fez uso das informações privilegiadas de que dispunha - como formulador do plano Real e membro da equipe econômica – para ganhar muito, mas muiiiiiito dinheiro, como mostra este trecho do livro:
Em entrevista a Paulo Henrique Amorim, no site Conversa Afiada, Nassif reforça a acusação:
“... algumas instituições começaram a atuar pesadamente no mercado de câmbio, apostando na apreciação do real... a mais agressiva foi a DTVM Matrix... com capital de R$ 14 milhões passou a ter uma carteira de R$ 500 milhões. Seu principal sócio era André Lara Resende“. (Pág. 197)
Em entrevista a Paulo Henrique Amorim, no site Conversa Afiada, Nassif reforça a acusação:
Nassif – (...) Nesse ambiente é que o André Lara Resende monta o banco Matrix especificamente para se aproveitar daquele momento...
Paulo Henrique – Dessa apreciação do Real...
Nassif - Dessa apreciação e, depois, passar o banco pra frente.
Paulo Henrique - Então, eu te pergunto: o que você está querendo dizer é que o André Lara Resende, que ajudou a formular essa conversão de URV para Real sabia que ia ter uma apreciação e abriu um banco para se beneficiar disso
Nassif - Isso.
Paulo Henrique – É isso?
Nassif - É.
Paulo Henrique - O André Lara Resende ...
Nassif - Acho que um pouco mais. Foi cometido um erro, um erro que não tem base na lógica do Plano Real e pessoas - o André foi o que mais se beneficia disso - que participaram da formulação do Plano se beneficiaram disso.
Paulo Henrique - Quer dizer, um erro que o André sabia de antemão que haveria?
Nassif - Isso.
Até o momento, Lara Resende não deu uma palavra sobre o assunto. Para ele, parece, o silêncio é de ouro.
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