Não sei se vocês assistiram ontem à estréia do Telejornal do Brasil, do Boris Casoy, na nova TV JB. Foi, para dizer o mínimo, constrangedor.
Não vou comentar cenário, iluminação etc., mas procurar ater-me ao essencial.
Começa o telejornal e Boris chama uma matéria. A matéria entra e roda inteirinha, completamente sem áudio. Quase dois minutos, tudo mudo. Ninguém corta. Parecia que o Boris estava sozinho no estúdio.
Volta pra ele, e ele não dá uma palavra sobre o assunto. Segue como se estivesse tudo bem. E chama outra matéria. E não é que a nova matéria entra sem áudio como a anterior, e também roda inteirinha, sem ninguém para interromper o mico? Tive certeza de que estava sozinho, nem o vigia assistia ao telejornal.
Volta para o Boris, e ele, nada. Impávido colosso. Chama matéria do próximo bloco.
Aí vem o intervalo. Deve ter durado uns 15 minutos. Imagino o Boris descendo da bancada e correndo até a ilha para plugar o áudio.
Volta ao ar. Boris não toca no problema. Os telespectadores não merecem dele uma única palavra de explicação.
Felizmente, ele chama a reportagem e dessa vez o áudio funciona. Boris então fica mais calmo e passa a exercitar seu esporte predileto, descer o pau no governo de forma irônica.
A maioria das matérias, nota coberta. Mas ele tem um trunfo – ou pelo menos pensava ter um: no último bloco uma entrevista com o empresário Antonio Ermírio de Moraes. Este certamente desceria o malho em Lula.
Mas até o empresário frustrou Boris. Ele tentou de todo jeito fazer Ermírio desancar o governo, mas ele, quando não elogiava, reconhecia que o problema não era só deste governo. Meio sem jeito, Boris encerrou o jornal.
Hoje, às 22h, tem mais. Esperemos que o que aconteceu ontem não se repita, porque aquilo foi “uma vergooooonha”.
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