A guerra contra Chávez continua. E na ponta de lança dessa guerra está a mídia golpista, especialmente a venezuelana. Sei que, para muitos, isso se parece com palavras de ordem, chavões (com trocadilho). Mas reparem nessa matéria que reproduzo a seguir e vejam se não tenho razão.
Ela é parte do telejornal diário "El Observador", uma produção da RCTV, que ainda vai ao ar, agora apenas no canal a cabo, na internet e também – segundo informações – pela emissora aberta Globovision (sobre esse assunto vou comentar em outra postagem).
O telejornal do dia 6 de junho tinha quase 10 minutos de duração. De cabo a rabo, críticas ao governo Chávez. Quando não diretamente, através de manipulações e deformações, como nesta matéria. Tem menos de minuto e meio, mas mostra de forma escancarada, como se fabricam as notícias naquele país (será que apenas lá?).
Retirei-a do telejornal e não fiz qualquer outro trabalho de edição. Ela está exatamente da forma como foi ao ar. Fala sobre um “atentado” com um “artefato explosivo” que causou “destroços” ao Departamento de Comunicação da Universidade Central da Venezuela. Ao final, a apresentadora conclui – embora nada na matéria possa levar a isso – que foi um atentado praticado por simpatizantes do governo.
Ah, reparem também na voz do locutor que anuncia o telejornal. Parece a de Deus nos antigos filmes de Cecil B. DeMille: grossa e grandiloqüente, como a de um El Obervador Supremo. E, apostem, isso não é à toa.
Vejam a matéria. É tão tendenciosa, que chega a ser ridícula, quando retirada do contexto. Mas, atenção, podemos rir deles, mas devemos levá-los a sério.
(Outro fato pode ser observado na matéria. Embora digam que há um verdadeiro tumulto nas Universidades, podemos ver que ali onde foi feita a gravação tudo está na mais perfeita tranqüilidade, mesmo que tenha havido um "atentado" com um "artefato explosivo" no local...)
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