Um grupo de velhas raposas – atualmente raposas velhas – se une para roubar o Estado. Como fazê-lo sem deixar rabo?
É simples: utilizando-se do mesmo método que aplicam em seus negócios particulares. Criam laranjas. Todos têm bens em seus nomes, mas nada comparado aos que têm em nomes de outros, os laranjas. Terras, jornais, contas bancárias, fazendas, carros, edifícios...
Quando essas raposas se unem para atacar o Estado de uma forma mais eficiente, lançam mão do mesmo expediente. Portanto, é erro procurar a quem Zuleido deu comissão. Ocorre exatamente o oposto. Quem recebe comissão é Zuleido, que é o laranja que encobre as raposas.
A coisa funciona assim: como, para poderem participar de concorrências públicas, as raposas não podem ser donas de empreiteiras, alguém se chega até elas e se oferece para criar uma - ou é convidado pelas raposas a fazê-lo. O ofertante será um laranja, as raposas ditarão os negócios em que ele se meterá e a forma como será remunerado.
Assim surgem as Gautamas, com seus Zuleidos. As raposas espalham seus protegidos por ministérios, governos estaduais, prefeituras e pelos mais variados tribunais. E fazem a festa.
Quando dá M, a culpa é do Zuleido da vez. As velhas raposas fazem os discursos moralistas de sempre, na Câmara e – especialmente – no Senado, enquanto procuram – ou são procuradas – por um novo laranja.
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