Vamos falar sério. Já está ridícula a cobertura da imprensa nos aeroportos. Chuva, nevoeiro, mau tempo sempre causaram atrasos em vôos – e não somente no Brasil, mas em qualquer lugar do mundo.
No entanto, para nossas emissoras de TV parece que não. Repórteres espalhados pelos principais aeroportos estão à procura de um fato espetacular, de preferência com vítimas. E ele certamente virá, mais dia, menos dia.
Há alguns meses, um covarde-valentão (ou valentão-covarde, se preferirem) agrediu a funcionária de uma companhia aérea. Na ocasião, pessoas intervieram e o tumulto parou por ali – ainda mais, porque o valentão ficou calminho quando confrontado por outro homem.
Mas as reportagens a todo momento, os Ao Vivo a toda hora funcionam como isca, parecem dizer “quem quer aparecer na TV?”, “quem quer ser notícia no Jornal Nacional?”. E há quem seja capaz de tudo para aparecer na telinha.
Mas o que a gente quer saber, ninguém responde: por que esses estranhos problemas sintomaticamente passaram a aparecer nos aeroportos brasileiros imediatamente após a colisão do Boeing da Gol com o jatinho pilotado por dois americanos e que causou a morte de 154 brasileiros?
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