Enquanto o diretor do Big Brother Brasil, Boninho, confessa em vídeo que joga ovo podre nas "vagabundas" (clique aqui para ver o vídeo), O Globo prefere faturar com os anúncios em que elas oferecem seus serviços.
AGATHA e as Belíssimas mulheres louras, morenas, mulatas elegantes, experientes, indecepcionáveis. Realizando as mais secretas fantasias s/ frescuras.
EMILY Barra gaúcha loiraça man 38, 105cm quadril, 1,75 alt, lindíssima, USA, pele pêssego, corpão parar trânsito, carinhosa, adoro beijar.
RUBIA Mulata, altíssimo nível! 25 anos, cabelos cacheados, cintura pilão (105cm pandeiro), coxas malhadas, toda quente, carinhosa.
Esses são alguns dos classificados, selecionados entre dezenas deles, publicados no Globo de hoje (página 7 dos Classificados). Anúncios como esses são publicados diariamente.
Não sou advogado. Não sei nem se a lei e os artigos em que baseio esta postagem estão caducos. Por isso, gostaria de saber, caso ainda estejam em vigor:
. Os anúncios não estão facilitando a prostituição, infringindo, portanto, o Art 228 ("Induzir ou atrair alguém para a prostituição, facilitá-la ou impedir que alguém a abandone")?
. Os anúncios não estão tirando proveito da prostituição alheia (já que são pagos), infringindo o Art 230 ("Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente dos seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça")?
. O Globo, ao publicar os anúncios, não está "fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a [prostituição] exerça", infringindo o mesmo Art 230?
Ainda que tudo isso seja legal, que o jornal alegue que não pode garantir que se trata de prostituição (embora todos saibamos que é disso que se trata), é moral, é ético faturar em cima da prostituição?
O que o jornal escravo dos fatos tem a dizer?
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