Reportagem do Monitor Mercantil afirma que, pela primeira vez na história do sistema financeiro, as receitas dos bancos com prestação de serviços (aí incluídas as pra lá de escorchantes tarifas bancárias) ultrapassaram os ganhos com títulos públicos, a Bolsa Juros. O Itaú é o campeão nesse quesito. Não é à toa que ele bateu o recorde histórico de lucro dos bancos privados no primeiro semestre do ano.
A relação [do Itaú] entre faturamento com serviços e despesas de pessoal é de 192%. Ou seja, o banco paga toda folha de pagamento e ainda sobra dinheiro. (leia reportagem completa aqui).
Como sempre, nossos interesses e os dos banqueiros estão em partes opostas do balcão. Esta notícia, para nós, comprova o que sentimos no bolso, o peso excessivo das tarifas. Para os bancos, bem, eles reclamam que a taxa Selic está caindo depressa demais, prova disso é que os ganhos com juros dos títulos públicos estão perdendo para os da prestação de serviços.
É bom não esquecermos que, em 94, com o Plano Real, quando perderam a moleza dos ganhos com a ciranda financeira, os bancos conseguiram passar a cobrar até pelos sustos que tomamos nas agências quando vemos nossas contas no vermelho – e não é de vergonha. Portanto, ou bem o governo lhes concede algum benefício ou eles vêm com mais sede ainda aos potes de nossos bolsos furados, com tarifas ainda mais salgadas. Essa é a ameaça. O pior é que, de uma forma ou de outra, nós é que vamos pagar a conta...
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