O tempo conspira contra a criação da CPI da TVA. Ainda não foi dessa vez que tivemos a definição do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), favorável à sua criação. Segundo a própria Veja (que trabalha desesperadamente nos bastidores para que não haja a CPI) Chinaglia iria se pronunciar na terça passada. Uma semana depois, e nada. Por quê?
O pedido de instalação teve o número de assinaturas exigido (181, quando são necessárias apenas 171) e objeto determinado, baseado no voto contrário à venda do ex-presidente da Anatel e atual conselheiro Plínio de Aguiar Júnior:
"O artigo 7º da Lei nº 8.977, de 6 e janeiro de 1995 (Lei do Serviço de TV a cabo) não estaria sendo observado, uma vez que o seu objeto é assegurar que as decisões em concessionárias de TV a Cabo sejam tomadas exclusivamente por brasileiros, o que não ocorrerá no presente caso”.
A hora, agora, é da CPI da TVA. Se, como eu disse aqui, durante os trabalhos da CPI da TVA for confirmada a irregularidade, deve-se partir para uma outra CPI. Esta para investigar a transação da Net - leia-se Organizações Globo – com a Telmex. A própria Veja da outra semana diz o porquê:
A associação da TVA com a Telefônica é análoga àquela entre NET e Telmex.
Sendo análogas, se surgirem problemas numa, investigue-se também a outra. Por isso a criação dessa CPI da TVA-Abril-Veja passou a ser necessária, fundamental. E urgente.
A Abril aposta que, com a passagem do tempo, a criação da CPI possa cair no esquecimento. Não podemos deixar que isso aconteça.
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