Sexta-feira, o Ministério Público do Principado de Mônaco aprovou os documentos brasileiros para o pedido de extradição do banqueiro fujão Salvatore Cacciola. Pela rotina do Principado, os documentos devem ser enviados agora ao príncipe Albert I, que é quem dá a palavra final. E, em geral, o príncipe acata os pareceres do Ministério Público. Portanto, vem aí de volta o banqueiro que deu um prejuízo de R$ 1,5 bi ao país.
A turma tucana é que não deve estar gostando nada da brincadeira. Para quem não se lembra, na época de sua prisão Cacciola chegou a tentar um acordo com a Polícia Federal. Ele disse que contaria tudo o que sabia sobre o esquema, em troca de um abrandamento da pena. Só que ele fugiu antes, logo após uma providencial liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello.
Agora, pense bem, meu leitor arguto: se vários integrantes do BC do governo Fernando Henrique foram condenados pela operação, sem que Cacciola abrisse o bico, imagine como ficarão as coisas, quando Cacciola finalmente abrir a boca.
Definitivamente, os tucanos estão vivendo seu inferno astral. Além do valor exorbitante dos pedágios nas rodovias, da denúncia que o Procurador Geral da República deve fazer do valerioduto tucano, a volta de Cacciola deve jogar ainda mais no ventilador tucano aquilo que os atores se desejam no início dos espetáculos.
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