Reportagem de Ranier Bragon e Felipe Seligman na Folha hoje informa que dirigentes do DEM e do PPS vão recorrer à Justiça para que os que abandonaram suas fileiras devolvam seus mandatos. Isso porque, além de um desempenho pífio nas últimas eleições, quando encolheram para caber na Kombi dos ressentidos, eles ainda perderam alguns dos que conseguiram se eleger, especialmente prefeitos – eleitos em 2004, portanto, antes da tsunami do ano passado que quase matou os dois partidos.
"Vamos buscar o que é nosso. Para a gente, o prazo é 27 de março e ponto final", afirmou o deputado Rodrigo Maia, presidente do DEM. Ele disse que o problema maior no seu partido ocorreu nas prefeituras. "É muito mais grave, é tanta gente que vai haver um engarrafamento na Justiça."
O presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou que pedirá todas as vagas:
"Vou sim buscar o cargo de todos os que saíram do PPS, principalmente do [José] Fogaça, do Blairo Maggi e do senador Expedito [Júnior]".
Agora, eu pergunto:
- E quando quem muda é o partido? Como ficam aqueles que se elegeram pelo PFL e de repente se viram transformados em DEMOS? Como ficam aqueles camaradas do Partido Comunista (para os que não se lembram, o PPS é o novo nome do antigo PCB) que viram seu partido se transformar a tal ponto, que hoje é apenas a asa direita dos tucanos?
E se alguém gritar “Eu quero meu PFL de volta! Quero de novo meu PCB!”, como é que fica?
O mundo gira, a Lusitana roda, e, no jogo político, quem tem que recorrer à Justiça para segurar seus filiados é porque já perdeu o bonde da História.
Clique aqui e receba gratuitamente o Blog do Mello em seu e-mail