No dia 26 de setembro, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, afirmava que iria aguardar o desfecho do caso Renan para tocar a CPI da TVA, como mostra o vídeo acima. Disse que agia assim para que não parecesse uma interferência da Câmara no processo do Senado, já que Renan e a Veja estavam trocando acusações – ao que parece, ambos com razão.
A declaração de Chinaglia, reproduzida no vídeo, corresponde a uma notícia anteriormente divulgada pelo Estadão, que começava assim:
Apesar de o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ter comunicado que viu fato determinado para a criação da CPI da venda da TVA, do Grupo Abril, para a Telefônica...
No entanto, hoje, quando o tal caso Renan já saiu das primeiras páginas, sou surpreendido com a seguinte nota, perdida na coluna Panorama Político de O Globo:
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, engavetou o requerimento pela criação da CPI TVA/Telefônica.
A nota está assim, a seco, sem outra informação. E não encontrei vestígio dela em nenhuma outra publicação. Será um furo da coluna de O Globo? Ou uma barriga? Ou uma premonição? Ou um desejo?
Se for verdadeira, o deputado Chinaglia vai ter que explicar por que mudou de idéia, se antes via fato determinado para a criação da CPI.
A CPI da TVA é fundamental para explicar não apenas a nebulosa transação entre o Grupo Abril e a Telefônica mas também uma outra que envolve a venda de parte da Abril para a Curundeia, e que necessita de mais de um Renan de explicações, como mostra reportagem da Band reproduzida a seguir. É um tal de empresa desconhecida, número inexistente, CNPJ truncado, que parece mesmo acusação da Veja contra Renan, só que com sinais trocados. Confira:
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