Embora a “grande imprensa” diga que não, o que está acontecendo na Venezuela é que um governo, democraticamente eleito, enviou, democraticamente, um projeto de reforma constitucional, para que este fosse apreciado pelo Congresso, democraticamente eleito.
O Congresso, democraticamente eleito, aprovou o projeto, que lhe foi democraticamente enviado, e, democraticamente, convocou o povo (democracia não é o governo do povo, para o povo, pelo povo?) para que no dia 2 de dezembro, democraticamente, vote “si” e aprove o projeto ou vote “no” e o jogue no lixo. Isso é chamado pela “grande imprensa” de ditadura.
Não querem ser votados, nem deixar que votem, e são chamados de democratas
A oposição a Chávez, que fugiu das últimas eleições democráticas, não indicando candidato algum para concorrer ao Congresso, ficou evidentemente sem representantes. Sai agora às ruas tentando impedir que o povo se manifeste votando contra ou a favor da reforma constitucional. Se anteriormente não quiseram ser votados, agora não querem que o povo vote. Isso nossa “grande imprensa” chama de oposição democrática.
Os “democratas” de lá são como os daqui
Não é surpresa alguma, nem novidade, essa confusão de conceitos de nossa “grande imprensa”. Já postei aqui, e agora volto a fazê-lo, um vídeo com um pronunciamento do deputado Jair Bolsonaro, um militar saudoso e defensor ardoroso da ditadura militar, em que ele mostra as manchetes e saudações da “grande imprensa”, logo após o golpe de 1964. É lamentável. Patético. E por isso mesmo imperdível.
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