Em 1998, o contraceptivo Microvlar estava no mercado, supostamente oferecendo proteção para mulheres que não queriam engravidar. Só que várias delas engravidaram. Constatou-se, então, que os comprimidos eram feitos de farinha, no caso que ficou conhecido como as “pílulas de farinha”.
A desculpa do laboratório Schering do Brasil, que produzia o Microvilar, foi sensacional. Alegou que as pílulas foram produzidas assim, porque foram fabricadas apenas para testar uma nova máquina da linha de produção. Foram embaladas, seladas e postas à venda nos balcões das farmácias por engano...
No total foram 600 mil comprimidos-engano. Pelo menos esse é o número dado a conhecer. Se não houver novo engano.
O estado de São Paulo e o Procon ajuizaram ação contra o laboratório. Em sua defesa, o Schering do Brasil usou a desculpa do teste do equipamento e teve a cara de pau de dizer que os prejuízos causados (as mulheres que não queriam engravidar, mas engravidaram) constituíram sentimentos positivos, pois geraram "novas vidas". Esses advogados são criativos, não?
Felizmente os juízes não caíram nessa e o laboratório foi condenado a pagar R$ 1 milhão por danos morais. (leia mais aqui)
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