Com um simples comunicado, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, pôs fim à intermediação do presidente venezuelano Hugo Chávez com os guerrilheiros da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Segundo o comunicado, Chávez teria rompido um acordo em que se comprometia a não falar diretamente com o alto comando colombiano.
Mas é curioso que a dispensa da ajuda de Chávez, que iria até o final do ano, ocorra um dia após o presidente venezuelano ter afirmado na França ao presidente Sarkosy que a FARC ofereceria provas de que está viva a ex-candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada desde 2002.
Na verdade, a Colômbia, que está sob intervenção branca dos Estados Unidos, teme que Chávez consiga da FARC o que pretende e assim firme ainda mais sua liderança e desmoralize de vez o governo colombiano, que vive num impasse com as guerrilhas, sem solução à vista.
Com a decisão de Uribe, volta tudo à estaca zero. Os 45 reféns que estão nas mãos da FARC que se danem. Na queda de braço geopolítica, eles são como o gol no futebol para o Parreira – apenas um detalhe.
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