A situação na Bolívia chegou a tal ponto que o presidente Evo Morales se viu forçado a tomar uma atitude de coragem para virar o jogo. Morales resolveu convocar um referendo em que o povo dirá sim ou não ao presidente e aos prefeitos das nove regiões em que se divide a Bolívia. Quem for reprovado, perde o mandato e novas eleições são convocadas. Com isso, cala de vez a oposição, que terá de se submeter ao voto popular.
Evo Morales teve que tomar essa atitude porque a situação há muito fugiu de seu controle. A direita boliviana simplesmente não aceita que haja mudanças no país e resolveu boicotar tudo: não querem mais a Assembléia Nacional Constituinte, incendeiam as ruas com ações violentas, incitam a greves, inclusive de fome (spa ideológico?) e ontem atacaram um avião venezuelano, que disseram que estaria carregado de armas que o ditador Chávez enviara ao compañero Evo... O “bólido” foi atacado a pedradas (?!?!) e obrigado a pousar em território brasileiro, no Acre.
Com a entrega esta tarde da Lei de Revocatória de Mandato ao Congresso Nacional, o presidente Evo Morales tenta colocar novamente o poder nas mãos daqueles que devem conduzir a democracia, o povo. Ou a democracia não é o governo do povo, pelo povo e para o povo?
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