Quem leu o blog na quarta-feira passada soube que corria perigo a vitória do “Si” na Venezuela. Repito a postagem, para quem não leu:
Corre risco o ‘Si’ na Venezuela
Ontem, a ex-mulher de Chávez deu declarações à imprensa, falando mal do ex-marido e ainda pior da reforma constitucional.
Nas ruas, e em pequenos spots de rádio e TV, a oposição lança boatos de que com a reforma acaba a propriedade privada e o governo vai ser dono de todos os lares e negócios na Venezuela. É mentira, mas isso apavora a classe média e os pequenos proprietários.
Tudo isso é muito parecido com a reta final da campanha de Collor contra Lula, em 1989.
No último debate, Collor disse que Lula se fazia de pobre, mas possuía um 3 em 1 de marajá. (Parêntesis: "Marajá" era como Collor chamava funcionários públicos com altos salários. 3 em 1 era um aparelho que reunia rádio – AM e FM – um gravador cassete e um toca-discos. Disco era uma coisa preta com um buraco no meio, que tocava música, como os CDs e MP3 players de hoje. Fecho parêntesis). Collor aproveitou-se também de uma declaração de Lula, para dizer que este tinha preconceito contra os nordestinos, quase como se estivesse dizendo: Vote num nordestino, mas não em Lula. (Parêntesis: Collor governara Alagoas, fingia-se nordestino, embora nascido no Rio. Fecho).
Não é que na Venezuela estão saindo com algo semelhante? Devido à alta popularidade de Chávez, a oposição lançou o slogan:”Chávez si, reforma No”.
No Brasil a farsa deu certo. Pode acontecer o mesmo na Venezuela.
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