Reportagem de José Roberto Burnier no Jornal Nacional desta terça-feira mostrou a Polícia Militar de São Paulo usando spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha para desocupar casas construídas na região da Favela Real Parque, na capital de São Paulo.
Entre os atingidos pela ação da PM, uma criança de colo, um bebê de apenas um mês de vida e uma mulher grávida, que entrou em trabalho de parto.
No entanto, o foco da matéria foi o imenso congestionamento que a ação de reintegração de posse causou ao trânsito na manhã paulistana.
Como o governador de São Paulo é o tucano José Serra e o prefeito da capital, o demo Kassab, o JN não fez comentário algum sobre o uso de violência pela PM.
Editei o trecho da reportagem que mostra a ação policial. Repare no spray sendo lançado contra uma senhora com uma criança pequena no colo. Em seguida, há o depoimento da mãe de um bebê de pouco mais de um mês de vida. Mais adiante, uma grávida sendo levada numa maca.
Spray de pimenta pode matar
O spray de pimenta, segundo informação da Folha Online, “causa irritação à pele, olhos e à mucosa do trato respiratório superior, gerando dor e desconforto. Pode inclusive gerar inflamações e edemas nas áreas em que entra em contato. Esses efeitos podem durar de
O médico toxologista Sérgio Graff, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), entrevistado pela reportagem da Folha, afirmou que a substância liberada pelo spray não é letal, mas pode causar sérios problemas – inclusive a morte – em pessoas menos resistentes, como idosos e crianças.
"Nestes casos, a morte é causada por complicações em decorrência da inflamação das vias aéreas, em que desencadearia uma crise de bronquite e o motivo seria insuficiência respiratória ou insuficiência cardíaca."
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