Podem parar as pesquisas de DNA e as especulações. Em comunicado, datado de 2 de janeiro, mas só divulgado agora à noite na Venezuela, as FARC confirmam que o menino “encontrado” num orfanato é mesmo Emanuel. E afirmam que ele foi seqüestrado pelo presidente colombiano Álvaro Uribe. No item 3 do comunicado está escrito:
A opinião pública nacional e internacional entende muito bem que Emanuel não podia estar no meio das operações bélicas do Plano Patriota, dos bombardeios e combates, a mobilidade permanente e as contingências da selva. Por isso este menino, de pai guerrilheiro, tinha sido deixado em Bogotá sob o cuidado de pessoas honradas, enquanto se assinava o acordo humanitário. Uribe, que já seqüestrou na capital as provas de vida [dos reféns] que se destinavam ao Presidente Chávez, seqüestra agora Emanuel. Assim como capturou e encarcerou os correios humanitários, agora procede do mesmo modo com as pessoas encarregadas de cuidar do menino. Emanuel ia ser entregue, junto com sua mãe, ao Presidente Chávez de Venezuela. (clique aqui para ler a íntegra do comunicado das FARC, em espanhol).
Seqüestrado ou não por Uribe, o fato é que o presidente da Colômbia está com Emanuel e as FARC - que afirmavam que iriam entregar o menino a Chávez - não.
Agora só resta às FARC liberarem rapidamente os dois outros reféns, conforme haviam prometido, para tentar conter a avalanche da mídia internacional, que vai desacreditar a guerrilha e deitar e rolar na sopa de Chávez.
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