O repórter Diego Salmen entrevista no Terra Magazine José Martins Leal, presidente do Sindicato de Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.
Enquanto a mídia corporativa serrista ouve apenas o governador com suas acusações de que a greve tem motivação político-eleitoral, Salmen foi ouvir o outro lado. E o retrato que o presidente do Sindicato pinta do governador é o de um homem autoritário, que não negocia e praticamente provocou o conflito entre civis e PMs.
O governador acusou a greve de ter sido instrumentalizada politicamente. Isso é verdade?
Não é verdade. Ele deveria explicar por que a nossa data-base, que é o dia 1° de março, não foi cumprida até agora, por que ele ficou até julho sem querer nos receber todas as vezes que batíamos na porta do Palácio do Governo. Ele devia explicar isso antes de falar uma mentira tão deslavada. Essa é uma mentira. Aliás, é próprio desse governo reiterar mentiras. Não só o governador, como também os secretários de Estado. Ele sabe que (a greve) não é politica, mas a ausência de explicações é tão grande que ele vai por esse caminho. O fato de um político dizer que é solidário à nossa causa no nosso microfone não significa que a greve está politizada.Como está a negociação neste momento?
Não existe nenhuma negociação. O governo não quer conversar. Ele preferiu aquele embate. Ele está pagando para ver, e ele vai se dar muito mal. Eu tenho certeza disso. A cada dia que passa, os ânimos, ao invés de arrefecerem, ficam mais acirrados. Estamos ainda mais entusiasmados para protestar. [leia a íntegra da entrevista aqui]
O que houve em São Paulo foi uma guerra entre as polícias, que certamente vai deixar cicatrizes, que só um negociador habilidoso saberá resolver. Não é o caso do governador de São Paulo.
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