Dantesco: Vazamento do vazamento, e o outro vazamento

O delegado da PF Protógenes Queiroz pode pegar de dois a seis anos de cadeia por ter quebrado SIGILO funcional (artigo 325 do Código Penal), ao VAZAR informações da Operação Satiagraha a jornalistas da Rede Globo.

A informação consta do inquérito SIGILOSO, comandado pelo também delegado da PF Amaro Vieira Ferreira, que VAZOU seu conteúdo para o jornal O Globo. Segundo o jornalão das Organizações Globo, um familiar de Protógenes teria afirmado que quer ver se vão abrir novo inquérito, agora para investigar o vazamento do inquérito sobre vazamento.

Já sobre o outro vazamento – o que interessa, aquele que originou tudo, o da informação da Satiagraha, publicado na Folha pela jornalista Andréa Michael em abril - há duas versões: para o delegado Amaro, quem vazou foi a Abin, mais especificamente os agentes Luis Eduardo Melo e Thélio Braun D’Azevedo. Para Protógenes, os responsáveis foram o diretor de Inteligência Policial da PF, Daniel Lorenz de Azevedo, e o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa.

Curioso: nas duas hipóteses o vazamento foi feito por uma dupla. Falta investigar qual delas. Mas também falta investigar a outra dupla, a repórter e seu editor. Por que a repórter achou que o vazamento da Satiagraha era notícia e seu editor também.

Quem acompanhou o julgamento do HC de Dantas no STF (9 a 1 a favor dele) viu que a base de tudo, onde se apegaram advogados e ministros dantescos, foi a reportagem de Andréa na Folha. Origem do HC preventivo, e agora motivo para se tentar anular toda a investigação.

Dantesco.

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