Há pouco tempo, militares que faziam a segurança de uma obra no morro da Providência, no Rio, torturaram e entregaram jovens para traficantes de uma favela rival. Os jovens foram assassinados.
Anteontem, dois jovens invadiram área militar, num subúrbio do Rio, para fumar unzinho. Flagrados por militares, tentaram a fuga. Um conseguiu. O outro foi preso e torturado com uma mistura de gás de pimenta, choques elétricos e sabe-se lá mais o quê. Resultado: está com 70% do corpo queimado.
Quem melhor resumiu os acontecimentos foi o escritor Joel Rufino dos Santos, em carta publicada em O Globo ontem:
"Pessoas de boa-fé sugerem anistiar torturadores da ditadura, como o coronel Ustra, já declarado como tal pela Justiça. Impunidade de tortura gera mais tortura, como no caso do rapaz torturado no quartel de Realengo.
"Não vejo que necessidade tem o Exército, nos dois casos, de acobertar torturadores."
Grande Joel!
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