Escondidinha, no final de uma reportagem de Mario César Carvalho, que informa que o Instituto de Criminalística pediu ajuda ao FBI para tentar quebrar a senha dos HDs de Daniel Dantas, a Folha tenta livrar a cara, no vazamento da operação da PF contra Dantas realizado pela jornalista Andréa Michael, em abril:
Há policiais que são céticos sobre a possibilidade de haver dados novos nos discos rígidos apreendidos no apartamento de Dantas. A razão do ceticismo é simples: o banqueiro sabia que a PF o investigava antes mesmo de a Folha noticiar a existência da apuração, em abril deste ano. [aqui, apenas para assinantes]
Não sabia não. Tanto que todas as atitudes da trupe dantesca foram tomadas, após a publicação da matéria da Folha em 26 de abril. Foi a partir dela que Chicaronni e Braz tentaram descobrir o que estava sendo investigado, via Greenhalgh. A partir dela, tentaram subornar o delegado da PF, o que já resultou na condenação de Dantas a dez anos de cadeia e multa de quase R$ 14 milhões. Foi a partir dela, que advogados dantescos entraram com pedido de habeas corpus no STF.
O que a Folha tem a fazer não é tentar eximir-se, mas explicar-se. Até hoje o jornalão não deu uma justificativa para a reportagem que forneceu ao banqueiro a informação de que estava sendo investigado.
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