Numa coletiva ontem à tarde em Porto Alegre, o PSOL gaúcho fez graves acusações ao tucanato daquele estado. Caixa dois na campanha de Yeda ao governo, dinheiro que teria sido usado para complementar a compra de um apartamento pela governadora e até a existência de um mensalinho.
Segundo os psolistas eles tiveram acesso a uma vasta documentação, em áudio e vídeo, que teria sido gravada pelo empresário Lair Ferst e entregue por este ao Ministério Público, como parte de acordo de delação premiada. Ferst é um dos 33 réus na ação sobre o desvio de R$ 44 milhões do Detran no governo Yeda.
Quer saber de todas as acusações, acesse aqui o RS Urgente. São acusações gravíssimas. E quem quiser se informar sobre elas deve procurar a blogosfera gaúcha, uma das mais ativas e confiáveis do país: além do RS Urgente citado, Dialógico, Diário Gauche, Hélio Paz e mais um monte deles (os que esqueci, favor me lembrarem nos comentários, mas sem ofensa, tá?). Porque se você depender dos jornalões... Repare nos títulos das matérias deles, que parecem combinados:
- Zero Hora: Sem provas, PSOL acusa governo Yeda
- Folha: Sem provas, PSOL acusa Yeda de prática de caixa 2 e desvios
- Estadão: Yeda é acusada de comprar casa com caixa 2 / PSOL faz denúncias contra governadora e ex-auxiliares, sem mostrar provas
- O Globo: bem, o jornalão carioca simplesmente supera os demais, porque não dá uma única linha sobre o assunto.
Já a editora-executiva do jornal Zero Hora, em seu blog, fez uma postagem com o seguinte título: Mandatos em jogo. Fui ler. Será que ela acha que o mandato de Yeda está em jogo?
Pela gravidade das acusações que fizeram à governadora Yeda Crusius e a pessoas próximas a ela, o vereador Pedro Ruas e a deputada federal Luciana Genro (PSOL) empenharam seus mandatos na entrevista concedida ontem à tarde. Se conseguirem provar a existência das gravações e se o conteúdo corresponder ao que foi descrito provocarão uma hecatombe no governo. Se não conseguirem, sua credibilidade ficará irremediavelmente comprometida e passarão os próximos anos respondendo a processos na Justiça. A imunidade parlamentar não é absoluta.
Ah, os mandatos em jogo são os dos psolistas...entendi. Você entendeu?
- Mas, Mello, e cadê a frase da Yeda em destaque no título?
Está no link do RS Urgente que eu indiquei:
Lair Ferst relata conversa que seria sobre a repartição do dinheiro do Detran entre ele, Yeda, Vaz Netto e Maciel. Lair oferece 100 mil por mês para Yeda para manter o esquema e ela responde: por 100 mil eu não me levanto da cadeira.
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