Depois que tentou se autoindultar, transformando em ditabranda a ditadura que serviu, a Folha deixou aberta a caixa de Pandora e todos os seus podres parecem vir à tona de uma vez.
A reclamação começou de dentro, quando Editor da Folha critica jornal:‘Ditabranda é demais’.
Depois, ficou claro que a Defesa da ditadura é tradição de pai para filho na Folha.
Vem a denúncia da jornalista Rose Nogueira: Torturada pela ‘ditabranda’, demitida pela Folha por abandono de emprego.
Em seguida, o ato contra a ditabranda, comandado pelo presidente do Movimento dos Sem Mídia, Eduardo Guimarães, que obteve grande repercussão na blogosfera e obrigou o diretor de Redação da Folha a retratar-se: Mais uma vitória da blogosfera: Herdeiro da Folha reconhece que ‘ditabranda’ foi um erro.
Só que nesse reconhecimento, Frias voltou a pisar na bola, quando ainda insistiu em acusar o professor Fábio Konder Comparato de nunca haver criticado o governo cubano.
Foi desmentido pelo próprio jornal, pois o professor havia criticado o regime cubano na própria Folha: Folha errou de novo: Comparato criticou governo cubano.
Na sabatina que realizou com o presidente do STF, Gilmar Mendes, nova bola fora. Sabatina da Folha: Perguntas que não foram feitas.
Aí vem o “caso Dilma”. A Folha chama guerrilheiros que combateram a ditadura de terroristas, usando jargão dos ditadores. Para Folha, terrorista não era a ditadura, mas quem a combatia.
Além de chamar a ministra de chefe de organização terrorista, o jornal fez uma reporcagem sobre um pseudofato (o suposto sequestro que seria feito de Delfim Netto), negado de forma veemente por Dilma.
Para piorar as coisas, a fonte da jornalista – o também jornalista Antonio Roberto Espinosa - enviou uma carta ao Painel dos leitores da Folha (carta esta que não foi publicada) e a distribuiu pela internet, sendo reproduzida em vários sites e blogs.
A Folha teve que se retratar novamente. Folha reconhece erro em reporcagem sobre Dilma.
Vem a manipulação de uma manchete na Folha Online em Para quem ainda não acredita na existência do PIG:
A manchete das 11h16 na Folha Online ontem era esta: “Março registra criação de quase 35 mil vagas com carteira assinada”. Não durou meia hora. Estava muito favorável ao governo, e isto, na Folha, não pooode. O editor foi lá e transformou em: “Emprego formal tem pior trimestre desde 1999, mas melhora em março”. A matéria era a mesma, trocaram apenas a mosca.
A situação se agrava. Dilma: ‘A ficha [publicada na Folha] é falsa, é uma montagem’. A Folha diz que vai averiguar e depois confessa: Folha assume que fez reporcagem sobre Dilma com material de um spam.
Em seguida, ficamos sabendo quem foi a fonte da tal ficha de Dilma: Dr. Asdrúbal, torturador e assassino, foi fonte da Folha.
Acabou? Não. Ontem o Portal Vermelho publicou uma entrevista com um ex-preso político, o jornalista e escritor Rui Veiga, que afirmou categoricamente que um repórter da Folha era setorista no Dops.
O Dops, no período, tinha na linha de frente o delegado Sérgio Paranho Fleury, ex-líder do Esquadrão da Morte e um dos torturadores mais frios e truculentos do regime. “Para me pressionar, ele (José Ramos [o tal jornalista do Grupo Folha]) dizia: “Quem vai te pegar é o Fleury”, conta Veiga.
O que mais virá pela frente?
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