Não há mais regra alguma. É como queriam os Civita, os Marinho, os Frias. Eles publicam o que querem e quem se sentir prejudicado que entre na justiça. Foi o que decidiu o STF ontem, de goleada, ao extinguir a Lei de Imprensa.
Agora, temos que esperar que nossos congressistas se movam e façam alguma lei, com algum dispositivo que nos proteja do poder da mídia, garantindo, por exemplo, direito de resposta publicado com igual destaque.
Mas eles vão se mexer? Vão querer contrariar a Globo, a Veja, a Folha, que vivem, a partir da decisão do Supremo, no melhor dos mundos, se no ano que vem teremos eleições para o Congresso?
Nós tamosfu (não confundir com o antiviral do Rumsfeld, de nome parecido, que é indicado para a gripe suína, porque, no nosso caso, tamosfu por causa de nossa mídia porcorativa suína).
Vamos tomar o caso da ministra Dilma e da reporcagem que a Folha produziu sobre ela, inclusive com documento fajuto vindo de um spam lançado por milicos saudosos da ditadura.
A reporcagem foi publicada com destaque na primeira página de um domingo – dia de maior tiragem (com duplo sentido, por ser em relação à Folha) do jornal. O erramos veio envergonhado, lá dentro, num sábado.
Isso aconteceu com a Dilma, ministra de Estado e candidata a presidente da República. Agora, imagine se fosse com um de nós. Nem o erramos saía.
Já se imaginou entrando com uma ação contra a Abril ou contra as Organizações Globo, com seus exércitos de advogados e seus data venia, seus modus in rebus (ai!)?
Parodiando o presidente Lula:
- Meu, sifu, nosfu, tamosfu.
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