Li em algum lugar que estaria sendo levantada a hipótese de o ministro Gilmar Mendes poder votar duas vezes, em caso de empate numa decisão do STF. Funcionaria assim: são onze os ministros. Vamos que um não vá votar por algum motivo. Se o resultado final der cinco a cinco, Gilmar Mendes teria direito de votar novamente para desempatar.
É como já falei aqui, de descalabro em descalabro, ele está se transformando no Simão Bacamarte do STF. E já que é assim, por que não simplificar e deixar logo tudo nas mãos dele?
Habeas corpus para Dantas? Gilmar decide: concedido. Posse de terra para o MST? Gilmar decide: mande a polícia tirá-los de lá. Pergunta de jornalista? Gilmar ameaça: tome cuidado com esse tipo de perguntas.
Depois é só pintar o STF de verde para ficar igual à Casa Verde de Itaguaí de Machado de Assis, e a gente passa a encarar o STF como peça de ficção, como aqueles discursos diários do senador Mão Santa.
Toda vez que ligo na TV Senado o Mão Santa está falando. Tem mais tempo no ar do que qualquer pastor desses que compram (ilegalmente, já que é uma concessão pública) horários nas redes de aluguel.
Mas, o que tanto fala o Mão Santa, se não lemos uma única linha a respeito de seus discursos?
Deveria acontecer o mesmo com Gilmar Bacamarte. Ele decidiria, imperial, e o país o ignoraria completamente, vida que segue, as questões jurídicas resolvidas nas instâncias inferiores, já que o STF Bacamartou de vez.
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