Alô, campanha do Mercadante, vá ouvir o Glauber Rodrigo Costa

Em vez de falar das ETECs tucanas, que tal o Minha Casa, Minha Vida, que está levando a oportunidade da casa própria a quem sempre sonhou com ela, mas nunca pensou em conseguir?

Não basta colocar o Lula no programa, tem que colocar o governo Lula, mostrar o que ele fez e faz pelo Brasil e que Mercadante vai fazer igualzinho em São Paulo.

Tem que entrevistar o Glauber Rodrigo Costa, personagem de uma reportagem de O Globo, que li no Blog do Favre e reproduzo a seguir:

“Nunca houve algo desse tipo. Vejo futuro para meus irmãos”

Bem distante da realidade dos pais

Técnico enfrenta barreiras, mas consegue a casa própria. Na adolescência, sonho distante

Leila Suwwan – O GLOBO

SÃO PAULO. Quando Glauber Rodrigo Costa começou a trabalhar como office boy, aos 15 anos, para ajudar a família e continuar estudando, achava que a casa própria era um plano longínquo. Hoje, aos 25, conseguiu comprar um apartamento, em construção, na Zona Leste da capital paulista, com subsídio do Minha Casa, Minha Vida. Descreve a conquista como uma mistura de ansiedade, satisfação e missão cumprida.

— Eu e minha namorada começamos a procurar um imóvel há um ano e meio. É um processo frustrante, que exige dedicação.

O périplo do técnico em comunicações incluiu dois fracassos. Primeiro, foi barrado na análise de crédito, que considerou o salário de R$ 1.200 insuficiente para a compra do apartamento de R$ 107 mil, pelo programa.

Na segunda vez, em um Feirão da Caixa, o casal conseguiu vencer a burocracia.

Mas faltaram R$ 5 mil para completar a entrada.

— Foi uma decepção terrível. Depois disso, fui procurar sozinho, para não frustrar a família. Tinha recebido uma promoção, passei a ganhar R$ 1.600, passei da barreira dos três salários mínimos, e essa foi minha porta de entrada — explicou Glauber. — Quando contei a novidade para minha namorada, ela ficou pálida, gaguejou, chorou. Vamos ficar noivos no fim do ano. Queríamos ter a casa para nos casar. Hoje, o aluguel fica em quase R$ 600, R$ 700. Vou pagar uma prestação de R$ 490.

Segundo Glauber, comprar a casa era algo que, durante sua adolescência, parecia distante. A economia era turbulenta, e ele tinha na memória a dificuldade que seu pai, hoje um taxista autônomo, teve para instalar a família em uma casa própria.

— Minha família se mudou com muito sacrifício para a casa que ainda estava no contrapiso. Demorou anos para ficar pronta. Hoje, acho que meus pais podem ter a sensação de missão cumprida. No meu trabalho, outros quatro também conseguiram.

Na avaliação de Glauber, o governo “dá a oportunidade”, mas cada pessoa precisa batalhar, juntar dinheiro e ter iniciativa: — Pelo plano do governo, a economia explodiu, está tudo crescendo, as construtoras, as empresas. Nunca houve algo desse tipo. Vejo futuro para meus irmãos.

Glauber diz que não tem tempo para acompanhar a política, com a jornada longa de trabalho e estudos. Mas ele acha que o programa e o caminho da economia têm de continuar.

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