Ou a campanha de Mercadante muda de tom ou o Chuchu ganha no primeiro turno


Não consigo entender o que está acontecendo nesta campanha, quando marqueteiros de Serra e de Mercadante elogiam governos que querem derrotar.

É mais ou menos como a história da saúva do Macunaíma de Mário de Andrade. Ou a campanha de Mercadante se cola no governo Lula e pendura FHC no Chuchu ou a vaca vai para o brejo, como a de Serra. Mesmo com todo o carisma e a aprovação de Lula e de seu governo.

Não há como ficar em cima do muro. Pior: ficar elogiando os governos tucanos em São Paulo, como vem fazendo a campanha de Mercadante.

No último programa, como nos três anteriores, a campanha de Mercadante elogiou as Escolas Técnicas tucanas. Não acredita? Confira aqui. Parece até a propaganda do Serra, em relação ao governo Lula. O Serra quer ser o pós-Lula e o Mercadante o pós-PSDB.

É um erro abissal. PT e PSDB não se misturam. Não devemos nos iludir com as últimas pesquisas,

A campanha de Mercadante não tem que se referir ao governo tucano, a não ser para falar dos pedágios, da queda na educação, do buraco no metrô, das privatizações de FHC.

É preciso pendurar FHC no pescoço de Alckmin. Mostrar que ele está isolado, mesmo dentro do partido dele, como ficou claro na última eleição para a prefeitura de São Paulo.

E pendurar Lula e Dilma no de Mercadante. Dizer que São Paulo merece crescer como o Brasil vem crescendo. Gerar empregos, como o Brasil vem gerando.

É preciso também surfar na onda Dilma, e mostrar que Lula é Dilma, Lula é Mercadante, Dilma é Mercadante. E São Paulo é Dilma e Mercadante.

Porque não basta o Mercadante crescer, o Chuchu tem que cair ao seu verdadeiro patamar, que ficou evidente na última eleição para a prefeitura de São Paulo, tão bem ilustrada nessa imagem que peguei no Blog DoLaDoDeLá, do meu xará Marco Aurélio Mello, que mostra o Chuchu almoçando sozinho, um dia antes da eleição.

Mercadante é Lula e é Dilma. São Paulo vai ter um governo como o do Brasil, com desenvolvimento, justiça social, crescimento econômico, distribuição de renda, jovens nas Universidades, fim das privatizações, valorização do funcionário público, obras, obras, e emprego. O resto é passado.

O Brasil está virando a página. São Paulo tem que virar também.

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