Depois de chamar ditadura de ditabranda, Folha registra jornalistas como assessores administrativos

Depois de tentar fraudar a história chamando de ditabranda a ditadura que existiu no Brasil (e a quem confessadamente serviu e apoiou), a Folha agora faz o mesmo com jornalistas, que são registrados como assessores administrativos. A denúncia é do Comunique-se.

A Folha de S.Paulo registrou dois jornalistas como assessores administrativos. A informação foi confirmada pelo vice-presidente do Comitê de Imprensa do Senado, o jornalista Fábio Marçal, que também é membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal.

O Comunique-se teve acesso aos documentos que comprovam a irregularidade na contratação dos jornalistas. Nos dados, o jornal alega que o registro como assessor administrativo é uma norma da empresa. “Eu não sei se eles fazem isso pra fugir do sindicato ou pra burlar a legislação, é um absurdo”, contestou Marçal.

O jornalista enfatiza que apenas os dois casos se tornaram conhecidos, mas acredita que outros profissionais já tenham passado pela mesma situação.

Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, Lincoln Macário Maia, a situação é absurda. “É um absurdo. É uma demostração de que veículos como a Folha são muito apressados em denunciar irregularidades, mas não prestam atenção no que acontece debaixo do seu nariz”, afirmou.[a reportagem completa de Izabela Vasconcelos está no link]

Segundo a Unesp (aqui, em pdf), é função do assessor administrativo:

Assessorar, no âmbito administrativo o superior imediato e a área de atuação, emitindo
informações, analisando dados, recepcionando pessoas, controlando e analisando
processos, máquinas e equipamentos, com vistas a assegurar o eficiente funcionamento
da área de atuação.

É esse o jornalismo da Folha, a serviço do "superior imediato".

Na edição de hoje a Folha ignorou o assunto.

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