Política externa de Lula, criticada pelo Estadão, trouxe liberdade a jornalista que jornalão enviou à Líbia sem documento
Enviar um jornalista a um país estrangeiro sem o visto é uma irresponsabilidade. Maior ainda se o presidente do país é tratado pelo jornal empregador como "ditador". Piora se o país está enfrentando uma guerra civil. Mas, se o jornalão ainda demora quatro dias para comunicar o desaparecimento de seu jornalista, podemos chamar a isso de quê? Com a palavra os advogados, especialmente um trabalhista.
Pois o Estadão fez isso tudo. O jornalista Andrei Netto foi enviado à Líbia, sem visto, em meio à guerra civil. Palavras do Estadão:
Quatro dias de espera. O jornalista poderia estar morto, e só aí o Estadão resolveu agir.
O diretor de Conteúdo do Estadão, Ricardo Gandour, cinicamente, ainda se saiu com essa:
Qual livre fluxo das informações, Gandour, se vocês esconderam para o mundo durante quatro dias o desaparecimento do jornalista?
Prefiro ouvir o próprio Netto, que ao R7, da Record, declarou:
Prova de que as boas relações entre Brasil e Líbia foram fundamentais para a libertação de Netto é que um jornalista preso com ele, do Guardian (jornal inglês, país hostil à Líbia), continua preso:
Pois o Estadão fez isso tudo. O jornalista Andrei Netto foi enviado à Líbia, sem visto, em meio à guerra civil. Palavras do Estadão:
O Estado perdera contato direto com o jornalista na quarta-feira, dia 2. Mas até o domingo de carnaval, dia 6, vinha tendo informações por terceiros sobre o paradeiro de seu enviado. Nesse dia, aquelas informações começaram a rarear, tornaram-se contraditórias e se interromperam. A partir daí, o jornal, que até então acreditava na retomada do contato e agia com cautela, decidiu contactar oficialmente as diplomacias brasileira e líbia e organismos jornalísticos e humanitários do mundo todo.
Quatro dias de espera. O jornalista poderia estar morto, e só aí o Estadão resolveu agir.
O diretor de Conteúdo do Estadão, Ricardo Gandour, cinicamente, ainda se saiu com essa:
"Não há dúvida de que, somada aos esforços diplomáticos de Brasil e Líbia, toda essa rede de informações e alertas que se formou mundialmente foi decisiva na libertação do jornalista", disse o diretor de Conteúdo do Estado, Ricardo Gandour. "Mais uma mostra da importância, para a liberdade, do livre fluxo das informações."
Qual livre fluxo das informações, Gandour, se vocês esconderam para o mundo durante quatro dias o desaparecimento do jornalista?
Prefiro ouvir o próprio Netto, que ao R7, da Record, declarou:
- Se eu estava saindo é graças à ação da embaixada brasileira em Trípoli, em especial à relação entre os dois países, a Líbia e o Brasil.
Prova de que as boas relações entre Brasil e Líbia foram fundamentais para a libertação de Netto é que um jornalista preso com ele, do Guardian (jornal inglês, país hostil à Líbia), continua preso:
"O Ahad é iraquiano e trabalha para um jornal britânico, um governo tido como hostil pelo governo líbio. Mas não podemos esquecer que ele continua preso", disse [Netto].
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