Se, em vez da merendeira negra e pobre, delegado acusasse Daniel Dantas, comportamento da Globo seria o mesmo?
Denunciei aqui que a Rede Globo lança Código de Ética e o descumpre numa mesma edição do Jornal Nacional (veja o vídeo no link).
Contrariando determinações do novo Código de Ética das Organizações Globo que foi anunciado com pompa e circunstância na edição de ontem do telejornal (chamaram até o casal William-Fátima, que costumeiramente folgam aos sábados, para a bancada), o JN mostrou que continua o mesmo ao comprar como sua a versão do delegado que acusou uma merendeira de ter colocado veneno na comida de uma escola pública.
Não procuraram ouvir o lado dela. Nem seu advogado. Não pesquisaram nem no Google, onde poderiam encontrar uma reportagem de uma emissora de rádio ligada à Rede Record com o áudio de uma entrevista do advogado da merendeira desmentindo o delegado. E olha que a reportagem estava disponível desde o meio-dia. Mais de oito horas antes do telejornal ir ao ar.
Mas, e se fosse Daniel Dantas, por exemplo, o acusado? O comportamento do JN e do jornalismo global seria o mesmo?
Fátima Bernardes encheria a boca para anunciar ao Brasil que Daniel Dantas "pôs veneno de rato na comida de crianças" como fez com a merendeira na edição de sábado?
Ou iriam ligar para o banqueiro, seus advogados, e buscar ao menos alguma informação nas afiliadas de lá (o caso aconteceu em Porto Alegre)? Não correriam ao menos ao Google?
Quando começa a valer, ou para quem vale, o novo Código de Ética das Organizações Globo?
O que você que me lê acha?
ATUALIZAÇÃO em 9 de agosto de 2011: Jornal Nacional se retrata, culpa a edição, mas não corrige acusação de crime que fez à merendeira.
Contrariando determinações do novo Código de Ética das Organizações Globo que foi anunciado com pompa e circunstância na edição de ontem do telejornal (chamaram até o casal William-Fátima, que costumeiramente folgam aos sábados, para a bancada), o JN mostrou que continua o mesmo ao comprar como sua a versão do delegado que acusou uma merendeira de ter colocado veneno na comida de uma escola pública.
Não procuraram ouvir o lado dela. Nem seu advogado. Não pesquisaram nem no Google, onde poderiam encontrar uma reportagem de uma emissora de rádio ligada à Rede Record com o áudio de uma entrevista do advogado da merendeira desmentindo o delegado. E olha que a reportagem estava disponível desde o meio-dia. Mais de oito horas antes do telejornal ir ao ar.
Mas, e se fosse Daniel Dantas, por exemplo, o acusado? O comportamento do JN e do jornalismo global seria o mesmo?
Fátima Bernardes encheria a boca para anunciar ao Brasil que Daniel Dantas "pôs veneno de rato na comida de crianças" como fez com a merendeira na edição de sábado?
Ou iriam ligar para o banqueiro, seus advogados, e buscar ao menos alguma informação nas afiliadas de lá (o caso aconteceu em Porto Alegre)? Não correriam ao menos ao Google?
Quando começa a valer, ou para quem vale, o novo Código de Ética das Organizações Globo?
O que você que me lê acha?
ATUALIZAÇÃO em 9 de agosto de 2011: Jornal Nacional se retrata, culpa a edição, mas não corrige acusação de crime que fez à merendeira.