Num 22 de abril como hoje, só que em 1500, Pedro Álvares Cabral recebeu o aviso de "Terra à vista" e estava descoberto o Brasil, segundo aprendemos nos primeiros anos da escola. Agora, 512 anos depois, o grito "Delta à vista" pode fazer com que o Brasil descubra Cabral - não o Pedro Álvares, mas o Sergio, governador do Rio.
Enrascada, com suspeitas de irregularidades em obras e licitações em vários estados do país, a Delta Construções é acusada de ser o braço financeiro do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, atualmente hospedado no presídio da Papuda, em Brasília.
Numa entrevista a Mônica Bérgamo na Folha, Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, declarou:
E realmente os escândalos envolvendo a Delta começaram a explodir pelo país (embora muitos sejam antigos e só agora venham à tona). Fatalmente vão chegar ao Rio de Janeiro, onde Fernando Cavendish tem seu principal parceiro e amigo, o governador do Rio Sergio Cabral.
Levantamento feito pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) mostra a evolução dos negócios da Delta com o governo do estado:
O problema não é o bilhão e meio de reais que a Delta papou (ou está papando) só no governo Cabral. O Rio e o Brasil mudaram, teremos no estado a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016, noves fora a Copa das Confederações no ano que vem e o Encontro Mundial da Juventude Católica. É muita obra. Muito dinheiro. O problema são os quase R$ 250 milhões sem licitação.
A CPI do Cachoeira e o TCU vão investigar tudo. E o Brasil vai descobrir Cabral.
Enrascada, com suspeitas de irregularidades em obras e licitações em vários estados do país, a Delta Construções é acusada de ser o braço financeiro do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, atualmente hospedado no presídio da Papuda, em Brasília.
Numa entrevista a Mônica Bérgamo na Folha, Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, declarou:
Vou quebrar. Quando a mídia vem com essa intensidade, existe uma reação imediata de órgãos de controle. Agora virei leproso, né? Agora eu só tenho defeitos, eu sou bandido.
O cliente [governo], que é um cliente político, abre sindicâncias para mostrar isenção. Suspende pagamentos.
Cria-se um clima péssimo na empresa. Os bancos vão suspender toda a nossa linha de crédito. Aí vem a Receita Federal. Todos precisam mostrar que a empresa tem que ser fiscalizada em todos os níveis. Não tenho caixa. Se eu não receber antes de acabar meu dinheiro, eu quebrei.
E realmente os escândalos envolvendo a Delta começaram a explodir pelo país (embora muitos sejam antigos e só agora venham à tona). Fatalmente vão chegar ao Rio de Janeiro, onde Fernando Cavendish tem seu principal parceiro e amigo, o governador do Rio Sergio Cabral.
Levantamento feito pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) mostra a evolução dos negócios da Delta com o governo do estado:
Seus primeiros contratos foram no governo Anthony Garotinho (1999/2002), tendo recebido R$ 146 milhões.
Na gestão Rosinha (2003/2006) foram R$ 398 mi, sendo R$ 2,1 mi (3%) com dispensa de licitação.
No primeiro mandato de Sérgio Cabral (2007/2010) foram R$ 992,4 mi, sendo R$ 148,3 mi (14,9%) com dispensa de licitação.
No segundo (2011/2012) foram R$ 496,9 mi, sendo R$ 85,6 mi (17,2%) com dispensa de licitação. [Fonte]
O problema não é o bilhão e meio de reais que a Delta papou (ou está papando) só no governo Cabral. O Rio e o Brasil mudaram, teremos no estado a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016, noves fora a Copa das Confederações no ano que vem e o Encontro Mundial da Juventude Católica. É muita obra. Muito dinheiro. O problema são os quase R$ 250 milhões sem licitação.
A CPI do Cachoeira e o TCU vão investigar tudo. E o Brasil vai descobrir Cabral.